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|despedimento colectivo

Adidas: ninguém foi dispensado, 300 trabalhadores vão ser despedidos

O consenso é quase unânime na imprensa nacional. Comprometidos com o léxico do patronato, os jornais tentaram transformar o despedimento colectivo de 300 trabalhadores da Adidas numa palatável dispensa. 

Créditos / Adidas

Ainda não se conhece o número exacto de trabalhadores abrangidos pelo despedimento colectivo na estrutura de serviço da Adidas, na Maia, que terá a sua conclusão no Verão de 2023, mas a empresa já esclareceu que pelo menos 300 trabalhadores serão directamente afectados.

A Adidas, uma das maiores empresas de roupa desportiva no mundo (que amealhou centenas de milhões de euros de lucro no primeiro semestre de 2022), lamenta o despedimento destas centenas de pessoas mas outros valores, mais altos, se levantam. Nomeadamente, a deslocalização de serviços para países que representam oportunidades fiscais mais vantajosas para os bolsos da administração.

Centenas de trabalhadores, altamente qualificados, são assim atirados, sem que nada o fizesse prever, para o desemprego, sem outra explicação plausível que não a ganância do lucro.

PCP quer conhecer os «apoios públicos, nacionais e comunitários» que a Adidas recebeu de Portugal

«No início do ano de 2019, foram tornadas públicas notícias que anunciavam que a Adidas iria construir um edifício no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia com o intuito de acolher 300 trabalhadores que a marca já empregava naquele concelho», expõe o PCP, numa pergunta dirigida à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ao ministro da Economia e Mar.

500 a 600 novos trabalhadores seriam posteriormente contratados, reforçando a presença do Global Business Services da Adidas, no Porto, espaço que oferece serviços de alta qualidade em várias áreas para empresas e subsidiárias da Adidas localizadas na Europa e nas Américas.

Em Agosto 2020, a Câmara Municipal da Maia anunciava a conclusão do novo edifício «com capacidade para cerca de 750 trabalhadores».

Na pergunta subscrita pelo deputado Alfredo Maia, do PCP, os comunistas exigem saber que «apoios públicos, nacionais e comunitários recebeu a empresa e que contrapartidas garantiu o Governo português, designadamente quanto à manutenção de postos de trabalho», assim como as medidas que o Governo pensa tomar para defender os 300 trabalhadores visados.

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