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|Dia do Trabalhador

1.º de Maio: não haveria «avanços» se a luta confinasse

A secretária-geral da CGTP afirmou, na concentração do 1.º de Maio em Lisboa, que a pandemia «agravou muitos dos problemas» dos trabalhadores e que «a resposta do Governo» tem sido «desequilibrada».

CréditosPaulo António / AbrilAbril

«Um ano depois, é hoje incontornável a importância das acções que há um ano realizámos. Foi determinante para resistir ao ataque aos direitos, para deixar claro que a CGTP-IN e os sindicatos de classe que a compõem não se confinam. Foi determinante para demonstrar que, com a garantia das condições de saúde, a luta não iria cessar perante o crescente atropelo às condições de trabalho», disse Isabel Camarinha, na intervenção dirigida aos milhares de manifestantes que ocuparam o relvado da Alameda Afonso Henriques, em Lisboa.

Realçando que em 28 localidades de Norte a Sul do País, nos Açores e na Madeira, «os trabalhadores estão a lutar pelos direitos e a dizer não à exploração», a dirigente sindical apontou a precariedade, o desemprego, os baixos salários e as reduzidas reformas como «realidades que já cá estavam e que se agravaram».

«Não estamos todos no mesmo barco», reforçou, criticando a resposta do Governo, que «atribui ajudas a quem deveria ser chamado a contribuir e deixa de fora muitos dos que realmente necessitam».

Para a CGTP-IN, «o aumento geral dos salários, das pensões e do salário mínimo nacional são essenciais para garantir uma vida digna a quem trabalha e para garantir o acesso a bens e serviços essenciais que continuam a ser negados a uma parte significativa da população».

Destacando o direito à habitação, Isabel Camarinha classificou como «uma vergonha» a situação de Odemira, no distrito de Beja, comentando a falta de condições de alojamento dos imigrantes que trabalham no concelho.

Relativamente à proposta do Governo de mais 40 euros para o salário mínimo nacional em 2022, a secretária-geral da CGTP-IN considerou que esse aumento «já vem tarde», mesmo que fosse aplicado este mês. «Se for para o próximo ano, é mais do mesmo, curto e insuficiente», frisou.

Considerando que foram «limitados e insuficientes», a dirigente sublinha que «os avanços ocorridos», como o pagamento a 100% dos trabalhadores em lay-off ou a subida do salário mínimo e das pensões de reforma, seriam impossíveis se os trabalhadores se tivessem «resignado e confinado às inevitabilidades».

Para dar continuidade às celebrações do Dia do Trabalhador, a CGTP-IN tem já previstas muitas greves e outras acções na Administração Pública e no sector privado.

«Não haverá nenhum dia do mês de Maio em que não haja trabalhadores em luta», avançou Isabel Camarinha.

No próximo sábado, 8 de Maio, quando tem lugar a chamada Cimeira Social da União Europeia, está já agendada uma manifestação nacional, a realizar no Porto, para «lutar pelos direitos, por mais emprego, pela produção nacional, pelos salários e os serviços públicos, a lutar por uma Europa dos trabalhadores e dos povos e pela afirmação da soberania», adiantou a secretária-geral, concluindo que é aos trabalhadores que pertence o futuro.

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