As (más) opções tomadas pelo Governo PS, no que aos trabalhadores concerne, vão ser intensificadas pelo novo Governo PSD/CDS-PP. Esta certeza foi deixada hoje pelo secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, no discurso realizado no final da manifestação do 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, em Lisboa, que juntou muitos milhares de pessoas.
É uma política «contra a maioria, contra os trabalhadores, os reformados, a juventude. Uma política contra a maioria que acentua a dificuldade de viver com salários de miséria, com as dificuldades do dia-a-dia, de ter que pagar casa e não conseguir, de ter que pôr os filhos na escola e não poder, de querer ir ao médico e não ter consulta, de querer ter uma vida estável no trabalho e só encontrar precariedade, de querer conciliar a vida familiar com a vida profissional e ter cada vez mais a vida desregulada porque quem governa o país, apenas se interessa com os interesses dos patrões».
Resumindo, este novo Governo PSD/CDS-PP «não é um governo comprometido com Portugal nem com os que cá vivem e trabalham», reafirmou Tiago Oliveira: é um executivo comprometido, até ao tutano, com «as elites económicas», «que se submete às imposições da União Europeia e as aplaude».
Esta enorme jornada de luta, que juntou dezenas de milhares de pessoas em vários pontos do norte ao sul do país, teve como mote «Aumentar salários e pensões. Garantir direitos. Combater a exploração». As reivindicações do 1.º de Maio são transversais às lutas que se desenvolvem no dia-a-dia nas ruas, nas empresas e locais de trabalho, mas são também uma exigência de fundo de melhoria das condições de vida de todos os trabalhadores.
A greve dos trabalhadores do comércio, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) para o dia 1 de Maio, teve uma «excelente adesão» num sector bastante difícil, tendo garantido encerramentos parciais de lojas e o encerramento total de alguns outros serviços, sobretudo na grande distribuição.
Num contexto em os 20 maiores grupos económicos arrecadaram, em 2023, 25 milhões de euros por dia, e em que dois em cada três trabalhadores auferem um salário bruto inferior a 1000 euros brutos, a CGTP-IN continua a lutar por um aumento geral e significativo dos salários: 150 euros para todos, não inferior a 15%, e um Salário Mínimo Nacional de 1000 euros ainda este ano.
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