combustíveis

Os protestos no país andino mantêm-se há nove dias, no âmbito da paralisação nacional convocada pela Conaie, que apresentou um caderno reivindicativo a Noboa e denuncia a repressão por parte do seu executivo.

A Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) condenou aquilo a que chama «perseguição política aberta» do governo de Noboa a dirigentes sociais equatorianos, no âmbito da paralisação nacional em curso.

A Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade (REDH) – Equador declarou o seu apoio à paralisação nacional contra as políticas do governo de Daniel Noboa, a que chamou «ditadura».

O primeiro-ministro foi hoje confrontado com o maior aumento dos combustíveis nos últimos três anos, considerando que não é suficiente para «provocar uma mexida do ponto de vista da acção do Governo».  Galp prepara-se para anunciar lucros recorde alcançados em 2024. 

Garantida a constitucionalidade da reforma no sector, a presidente Sheinbaum firmou o decreto que torna a Petróleos Mexicanos (Pemex) e a Comisión Federal de Electricidad (CFE) empresas públicas outra vez.

Em Quito e Guayaquil houve protestos e ruas cortadas, esta terça-feira, em resposta ao aumento dos preços da gasolina decretado pelo executivo de Daniel Noboa. Quinta-feira, há mobilização nacional.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística a inflação voltou a subir. As causas variam sempre, mas desta vez é a subida dos combustíveis o motivo, os mesmos que iam baixar somente com a descida do ISP, segundo o Governo e direita. 

As negociações entre a ANAREC e o CESP/CGTP-IN estão concluídas desde 2020, mas o Governo PS recusa-se a aplicar as medidas, por considerar que a associação patronal não representa os parques de estacionamento.

A petrolífera espanhola Repsol teve lucros de 3222 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 66,2% em relação ao mesmo período de 2021. 

A Galp subiu os lucros em 68% para os 608 milhões de euros. A especulação é a explicação, mas uma questão coloca-se: quanto ganha o Estado com isto?

Em Outubro, o Governo anunciou a descida do ISP até ao final do ano, mas não quis tocar no preço dos combustíveis, não prejudicando as margens de lucro das petrolíferas. Alinhamento com a direita penaliza quem trabalha.

A CNA reitera a urgência em regular o preço dos combustíveis e criar condições para atenuar o aumento dos restantes custos de produção, como rações e fertilizantes.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) critica a inacção do Governo face à escalada dos preços e exige medidas para travar a especulação e aumentar a produção de cereais. 

Em dia de aumento de 14 cêntimos na gasolina e 12 cêntimos no gasóleo, o AbrilAbril recupera um artigo do mês passado, sobre os lucros de centenas de milhões de euros das empresas petrolíferas. Não obstante, PS, PSD, IL e Chega chumbaram as propostas de controlo e fixação dos preços dos combustíveis apresentadas a 25 de Maio, dando largas à continuada especulação dos preços.

O Governo reduziu o ISP em cerca de 16 cêntimos por litro, no gasóleo e na gasolina, mas nos postos de combustível essa redução fiscal não está reflectida nos preços pagos pelos consumidores.