CP

A nova concessionária dos bares dos comboios da CP, a ITAU, não pretende cumprir a totalidade do Acordo de Empresa que já existia antes de a empresa ganhar a concessão. Trabalhadores fazem nova greve a 11 e 12 de Junho.

A Highpoint, que presta serviços de limpeza na CP e outras empresas, ainda não pagou os salários de Abril a 58 trabalhadores e os de Maio a mais de 280. Greve de 1 e 2 de Junho contou com uma adesão de 99%.

O Partido Ecologista Os Verdes critica o Governo, através do ministro das Infraestruturas, pelo reafirmar da vontade de privatizar a TAP e as «declarações de intenção» no âmbito do plano ferroviário. 

A pretexto da greve, a IL aproveitou para voltar a propor a privatização da CP. Num ataque aos sindicatos, os neoliberais insinuam que no privado acabava a contestação. Como os dados não o comprovam, ou a IL está a defender a repressão ou ignora a realidade.

Para criar um pacote de 10 mil milhões de ajudas às grandes empresas a AD agiu prontamente. Agora, para satisfazer as necessidades dos trabalhadores da CP, Miguel Pinto Luz diz que «o Governo está em gestão» e acusa a greve de ser «política» por ser realizada em período eleitoral.

A circulação de comboios está parada em todo o País devido à adesão de 100% à greve, segundo a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans). Trabalhadores reclamam aumentos «dignos».

É a terceira concessão do serviço de bares dos comboios da CP em dois anos. Trabalhadores confrontam-se agora com a gestão da Itau: empresa não quer aplicar o acordo assinado em Janeiro. Greve a 1, 2 e 3 de Maio.

A CP está a fazer «inversão de marcha» no que já estava negociado e entregue ao Governo, propondo agora aumentos quatro vezes inferiores ao acordado em 2024. Catorze sindicatos convocam greve para 7 e 8 de Maio.

Este acordo para 2025 assegura uma melhoria das «condições de vida e de trabalho aos trabalhadores dos bares e serviço de bordo dos comboios de longo curso da CP», garante o sindicato.

A eventual transferência de comboios da CP para a Fertagus significará uma redução da oferta da CP muito para além do serviço suburbano das linhas de Sintra, Azambuja e Sado.

É a posição da União dos Sindicatos de Setúbal face à possibilidade de o Governo deslocar comboios da CP para a Fertagus, concessionada ao grupo Barraqueiro. Trabalhadores da CP ficaram «revoltados». 

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário denunciou práticas de discriminação realizadas pela administração da CP no que diz respeito às tolerâncias de ponto atribuídas aos trabalhadores durante o período natalício e de fim de ano.

A Fectrans reagiu ao anúncio feito por Luís Montenegro de um «passe ferroviário verde» de 20 euros. Para a estrutura sindical, «mais que medidas avulsas, o país precisa de uma política integrada de transportes».