capitalismo

Aqui se defende que a crise no Governo é espelho distorcido de um terramoto social e político que não excita os telejornais. Num campo mediático em que se fala muitas vezes de corrupção para esconder a exploração de todos os dias.

Há um conjunto de preços e prestações que têm mecanismos anuais automáticos de actualização do seu valor para reagirem à taxa de inflação. Temos o caso das pensões, das rendas, das concessões rodoviárias. Mas há mais.

As classes dominantes procuram manter o seu poder ideológico e assegurar a legitimidade do sistema capitalista, criando um imaginário em que não existem relações estruturalmente desiguais e conflituosas entre grupos sociais.

A falência da FTX – a segunda maior plataforma de troca e venda de criptomoedas do mundo, que estava avaliada em 32 mil milhões dólares – veio ilustrar a completa fragilidade deste mundo.

Um dos temas ultimamente em destaque são as eleições intercalares nos EUA, como se todo o mundo e ninguém estivesse dependente do seu resultado e como se fosse substancialmente decisivo os democratas suplantarem os republicanos ou vice-versa.

A construção desta fina teia de aranha visa a despolitização efectiva do mundo contemporâneo, que a alienação seja aceite enquanto normalidade, que as lutas sociais simulem mudar tudo para não mudar nada.

A pressão sobre a floresta não é de agora, mas a corrida às energias renováveis altamente subsidiadas, acelerada recentemente com a guerra na Ucrânia, está a criar uma situação insustentável em Portugal.

A literatura enquanto manifestação artística e cultural existirá sempre na sua vertente popular, apesar do esforço incansável para a sua elitização.