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Efacec mentiu e avança com despedimentos

A Efacec, depois de assumir no Parlamento que não ia despedir, anunciou esta quinta-feira um despedimento colectivo de 21 funcionários, entre os quais vários membros da Comissão de Trabalhadores.

Piquete de greve realizado a 23 de Março
Piquete de greve realizado a 23 de MarçoCréditos

A decisão foi comunicada hoje pela administração numa reunião com os representantes dos trabalhadores e justificada com a «falta de trabalho», apesar de tal não faltar e da empresa dizer que vai recrutar 700 novos funcionários até 2020.

Entre os 21 funcionários abrangidos pelo despedimento encontram-se cinco elementos das comissões de trabalhadores. A decisão surge depois de vários protestos e até de uma greve em Março, contra os despedimentos encapotados e as chamadas «listas», com nomes de trabalhadores escolhidos para «rescindir contrato» num clima de medo e repressálias.

Nessa greve, que teve uma adesão de 80%, os trabalhadores repudiaram a posição da empresa, que «por um lado despede mão de obra qualificada e jovem e por outro lado vai para a imprensa anunciar a criação de mais 700 postos de trabalho que serão preenchidos por estagiários e jovens à procura do primeiro emprego, ou seja, a precariedade em todo o seu esplendor».

De acordo com a fonte, na reunião – realizada no âmbito da discussão do caderno reivindicativo – a administração informou a CT que «o documento [relativo ao despedimento colectivo] já deu entrada no Ministério do Trabalho» e que «dentro de cinco dias formaliza» o processo.

«Hoje já se estão a reunir com toda a gente» abrangida pelo despedimento, disse, acrescentando que «a fábrica está cheia de seguranças».

Presidente mentiu no Parlamento

No passado dia 18 de Abril, o presidente da Efacec desmentiu que a empresa esteja a despedir trabalhadores e assegurou não haver qualquer processo selectivo de afastamento dos colaboradores mais reivindicativos.

Ângelo Ramalho – que falava na comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social – garantiu que a Efacec «cumpre escrupulosamente a lei» e que «não está a despedir, mas a recrutar», lembrando que vai contratar 700 funcionários até 2020.

«Não há nem houve despedimentos na Efacec», frisou perante os deputados, acrescentando que os trabalhadores saem por limite de idade, porque resolvem mudar de vida ou por mútuo acordo.

Já a Comissão de Trabalhadores acusa a administração da Efacec de subverter o estatuto de empresa em reestruturação para pressionar os trabalhadores a rescindir contrato de trabalho.

Segundo esta, a Efacec é uma empresa que apresenta lucros, além de que as empresas do grupo, em reestruturação em 2016, mais que duplicaram os resultados líquidos, no caso da Engenharia, e na Energia passou de um resultado negativo de 936 mil euros para um resultado líquido positivo considerável.

O estatuto de «empresa em reestruturação» foi requerido em finais de 2013 pela administração da Efacec e, em Janeiro de 2017, foi objecto de um pedido de extensão para o triénio 2017/19. Entretanto aprovado, neste prevê-se a rescisão de contrato por mútuo acordo de 118 contratos de trabalho na Efacec Energia e mais 291 na Efacec Engenharia, num total de 409 postos de trabalho.


Com agência Lusa

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