Num comunicado a que a Wafa faz referência, a Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) afirma que as autoridades da ocupação estão a cometer «novos crimes sistemáticos contra os detidos e as suas famílias», que constituem um prolongamento da guerra de extermínio.
Para a SPP, os números diários de detenções reflectem não só o aumento, mas também a escalada dos crimes que lhes estão associados, principalmente as execuções extrajudiciais perpetradas pelo exército de ocupação.
Estas execuções são acompanhadas por «esforços legislativos» de Israel com vista a promulgar uma lei que permita a pena de morte para os prisioneiros palestinianos.
Todos os crimes actuais levados a efeito pelas forças israelitas são uma extensão da sua política de décadas visando a presença palestiniana e procurando impor novas ferramentas de repressão, controlo e vigilância, afirma o texto, notando que a intensidade das violações aumentou drasticamente desde o início da mais recente guerra de agressão.
O documento refere-se ainda às demolições, esta terça-feira, das casas das famílias dos presos Abdul Karim Sanoubar (nas imediações de Nablus) e Ayman Ghanem (a norte de Tubas), afirmando que se inscrevem na tentativa em curso, por parte da ocupação, de atingir a presença palestiniana e implementar a punição colectiva.
O organismo sublinha ainda que estas operações atingiram níveis sem precedentes desde o início da guerra genocida.
Violações sucessivas do cessar-fogo em Gaza por parte de Israel
A agência Wafa registou a morte de pelo menos cinco palestinianos na Faixa de Gaza, esta terça-feira, na sequência de ataques israelitas a vários pontos do enclave costeiro.
A fonte dá conta de múltiplas violações ao cessar-fogo por parte da ocupação, nomeadamente por via de demolições, ataques aéreos, com drones e explosivos, em localidades como Jabalia, Cidade de Gaza, Khan Younis e Rafah, e no campo de refugiados de al-Bureij, na região central do território.
A agência Anadolu também se refere a diversos feridos em resultado destas operações, que se juntam aos múltiplos registos de violações à trégua implementada em 10 de Outubro último.
De acordo com as autoridades em Gaza, as forças da ocupação violaram o acordo de cessar-fogo cerca de 600 vezes, em acções que, até dia 1, tinham provocado a morte a pelo menos 357 palestinianos e deixado mais de 900 feridos.
Desde Outubro de 2023, a agressão israelita matou mais de 70 mil palestinianos na Faixa de Gaza (com um número indeterminado sob os escombros) e provocou mais de 171 mil feridos.
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