Recentemente, a TEIJIN Automative Technologies, criada em 2001 (resultado de uma fusão de cinco empresas), «atravessou um período menos positivo, com uma baixa de produção devido à flutuação habitual do mercado automóvel», explica, em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN).
Essa realidade, no entanto, dificilmente justificará o despedimento colectivo que o patronato está a mover na empresa, ainda para mais depois de «rescindir todos os contratos a termo certo e incerto». Afinal, a Teijin tem «um número significativo de novos projectos» para 2026, muitos deles a começar já no próximo mês de Novembro.
«A decisão de promover um despedimento colectivo não é coerente com a realidade produtiva da Teijin em Palmela», defende o sindicato. A empresa vai precisar dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo para «dar resposta aos novos projectos» – «é mais do que evidente que este despedimento colectivo não é necessário».
Na passada sexta-feira, 10 de Outubro, os trabalhadores reuniram-se num plenário de protesto contra o ataque de que os colegas são alvo. A acção foi realizada no mesmo dia e hora em que se realizou uma reunião da administração com o SITE Sul, mediada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), sobre o despedimento coletivo. Nessa reunião, o patronato «manteve a intenção de concretizar o despedimento colectivo e ficou de dar respostas às questões colocadas pelo sindicato».
Os trabalhadores, afirma o SITE Sul, estão «solidários com os camaradas incluídos no processo de despedimento colectivo e e estão unidos na luta para que a administração abandone essa intenção».
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