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«Intimidação e coacção» no Pingo Doce Forte da Casa

O Pingo Doce diz ser uma «marca empregadora de referência». Os trabalhadores da loja de Forte da Casa não parecem concordar, tendo realizado protestos contra os abusos patronais à porta do supermercado.

Protesto dos trabalhadores do Pingo Doce de Forte da Casa, em Vila Franca de Xira, com o CESP/CGTP-IN 
Créditos / CESP

«No Pingo Doce investimos no bem-estar e no desenvolvimento dos nossos mais de 32 000 colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e diversificado», afirma a empresa, detida pela Jerónimo Martins. Esta afirmação é frequentemente desmentida por quem lá trabalha. Ao Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), os trabalhadores da loja de Forte da Casa, no município de Vila Franca de Xira, descrevem um ambiente de enorme repressão e chantagem por parte das chefias.

«Os trabalhadores com restrições médicas são constantemente coagidos pela Direcção de loja para não as cumprirem», denuncia o sindicato, sendo também prática comum intimidar quem trabalha na loja de Forte da Casa «para não exercer os seus direitos de Parentalidade». Quem não se submete aos desmandos patronais é «ameaçado com transferências de loja», uma prática completamente ilegal.

O problema não se fica, apenas, pela «intimidação e coacção» das chefias da loja, refere o CESP. O sindicato «denunciou a situação ao Pingo Doce» e não obteve qualquer resposta por parte da empresa. O AbrilAbril já noticiou, ao longo dos últimos anos, vários casos de abusos na empresa, especialmente direccionados a trabalhadoras, como é o caso da loja de Celas (onde as chefias sugeriram que uma trabalhadora aborta-se para não parar de trabalhar), ou em Vila do Conde, Sesimbra, em que três trabalhadoras foram empurradas para lojas fora das suas áreas de residências, para as forçar ao despedimento.

Mais de uma dezena de trabalhadores do Pingo Doce de Forte da Casa estiveram à porta da loja, em protesto, com o CESP/CGTP.

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