Existem duas facetas no negócio da Reditus: se por um lado «fornece soluções e serviços para o sector empresarial», por outro, a empresa estabelece um conjunto significativo de práticas predatórias e repressoras contra os trabalhadores, um serviço completo para qualquer patronato que queira concessionar o seu serviço.
Mais de 150 trabalhadores do Call Center da Segurança Social de Castelo Branco, gerido pela Reditus, são impedidos de usar a casa de banho, vêem as folhas de ponto ser alteradas pela empresa e os subsídios de férias pagos em duodécimos.
Após intervenção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav/CGTP-IN) e uma greve realizada no passado dia 13 de Novembro, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) deu «razão aos trabalhadores»: as práticas da Reditus são «ilegais».
Se se mantiver o impedimento de ida ao WC e as ameaças de falta injustificada, o sindicato, em comunicado, garante que «irá tomar novas medidas» para pôr termo à repressão patronal neste local de trabalho. Esta centena e meia de trabalhadores não está sozinha: na última acção de luta estiveram presentes representantes de vários sindicatos da CGTP-IN (assim como elementos da sua comissão executiva) e representantes do BE e do PCP.
Está convocado um plenário para o dia 4 de Dezembro. O tempo dispendido no plenário «é justificado e remunerado, conta como tempo efetivo de trabalho sem qualquer penalização».
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