O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) divulgou, publicamente, os dados de adesão à greve, que rondavam os 75%. Na sua maioria, os trabalhadores da produção e outras áreas, nos quatro período de greve parcial, de duas horas, no dois dias de greve.
Estes são, aliás, aproximadamente os mesmos números, «reais e verdadeiros», refere o comunicado do sindicato, «que a empresa apurou internamente e optou por não querer divulgar publicamente».
O objectivo da administração da Autoeuropa, ao divulgar números particularmente absurdos de adesão (37%), é evidente: «desvalorizar o impacto da luta dos trabalhadores». Tal como uma criança, pejada de lágrimas, assegura que não doeu nada.
Durante os períodos de greve, ao longo dos dias 17 e 18 de Novembro, a empresa dedicou-se exclusivamente «a recuperar carros que estavam parqueados com falta de peças», fingindo, no final, que esses mesmo carros tinham saído da linha de montagem. Desta forma, a empresa conseguiu aldrabar os números e «atingir o objectivo de produção diária».
A verdade é que, como o podem atestar todos os trabalhadores, os que estavam em greve e os que escolheram laborar, «não saiu um único carro no final da linha de produção».
Se não apresentarem qualquer «proposta de aumento salarial extraordinário», o SITE Sul está preparado para «ouvir os trabalhadores e decidir novas formas de luta» a realizar, até que os trabalhadores atinjam os seus objectivos neste processo: «o justo e necessário aumento extraordinário da salário».
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