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Protesto contra despedimento discriminatório de duas enfermeiras

Face ao despedimento de uma enfermeira grávida e de outra com uma doença degenerativa no CHU, os enfermeiros farão um protesto dia 13 de Novembro, no Hospital de São José, em Lisboa.

Uma delegação da Direcção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) concentrou-se em frente ao Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, a 12 de Agosto de 2020, para exigir, ao conselho de administração e ao Ministério da Saúde, a resolução dos sérios problemas que afectam aqueles profissionais no HBA e o fim das parcerias público-privado na saúde, que sorvem dinheiro público para os grupos privados enquanto estes sobreexploram os trabalhadores
CréditosJoão Relvas / LUSA

«Tendo em conta a carência de enfermeiros que é reconhecida na instituição e tendo sido prometido um contrato efectivo em ambos os casos, só podemos concluir que se trata de actos discriminatórios e desumanos», afirma o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) em nota.

Em causa está a não renovação do contrato a uma enfermeira grávida e a outra com uma doença degenerativa, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC). Para o sindicato, os dois exemplos são «ilustrativos de uma realidade laboral que viola a Constituição da República Portuguesa», promove a precariedade e discrimina trabalhadores, em particular jovens e mulheres.


«Quando muito se fala da baixa natalidade no nosso país, é preciso ir às causas e a precariedade é uma delas», pode ler-se na nota.

O SEP insiste que, pelo contrário, é necessário «valorizar» os enfermeiros fazendo corresponder vínculos efectivos às necessidades permanentes, reconhecendo devidamente os «heróis» que estão na linha da frente do combate ao surto epidémico de Covid-19 e da defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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