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|Colômbia

Alertas e condenações na Colômbia após o massacre de oito jovens

A representação das Nações Unidas na Colômbia condenou o massacre de oito jovens no departamento de Nariño, bem como o aumento dos assassinatos de ex-guerrilheiros e dirigentes sociais colombianos.

Pelo menos nove camponesescolombianos foram mortos a tiro no dia 5, naquilo que ficou conhecido como o massacre de Tumaco
O narcotráfico, as disputas de terras entre grupos armados a pobreza e a desigualdade fazem de Nariño um dos departamentos mais violentos da Colômbia; os «massacres» têm-se sucedido depois do acordo de paz Créditos / elespectador.com

Em comunicado, a Missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na Colômbia condenou, esta segunda-feira, o assassinato de oito jovens no município de Samaniego (departamento de Nariño), perpetrado este fim-de-semana, e manifestou «profunda preocupação» com o aumento de assassinatos de defensores dos direitos humanos, dirigentes sociais, camponeses, indígenas, afrodescendentes e ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP).

Neste sentido, refere a TeleSur, as Nações Unidas sublinharam a necessidade de avançar na implementação integral do acordo de paz e consideram urgente que a Comissão Nacional de Garantias de Segurança avance na aplicação da política pública de desmantelamento das organizações criminosas e suas redes de apoio.

30 mortes por arma de fogo no município em 2020

Numa carta que dirigiu a Iván Duque, presidente da Colômbia, Harold Montufar Andrade, dirigente social e ex-autarca de Samaniego, destaca que, desde o dia 1 de Janeiro até 16 de Agosto, foram mortas no município cerca de 30 pessoas com arma de fogo.

É «o lugar com a taxa de homicídios mais alta do mundo (100 homicídios por cada 100 mil habitantes)», denuncia Montufar, que solicitou ao governo a implementação de um programa de protecção municipal e de garantias, bem como a análise das causas estruturais da violência local e regional.

O departamento de Nariño localiza-se no extremo Sudoeste da Colômbia, entre o Equador e os departamentos do Cauca e de Putumayo. Trata-se de uma das regiões com mais problemas de violência associada ao narcocultivo e à disputa de terras, e onde mais dirigentes sociais, defensores dos direitos humanos e indígenas foram assassinados desde a assinatura do acordo de paz, em Novembro de 2016.

Segundo o Indepaz, 971 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos foram assassinados na Colômbia desde o acordo de paz firmado entre o governo e as FARC-EP / Indepaz

A este propósito, a Procuradoria-Geral da República colombiana afirmou que «a ocorrência de massacres no país expressa o elevadíssimo nível de crueza com que agentes armados ilegais estão a disputar os territórios para submeter a população civil a regimes arbitrários de violência».

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), entre 1 de Janeiro de 2020 e 13 de Agosto último foram assassinados na Colômbia 185 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos.

Num relatório que publicou sobre dados recolhidos desde a assinatura do acordo de paz até 15 de Julho deste ano, o organismo refere que Nariño é o terceiro departamento com maior número de assassinatos registados (84), Putumayo é o quinto (60) e o Cauca destaca-se claramente como o primeiro (227).

Segundo o Indepaz, entre Novembro de 2016 e 15 de Julho último foram assassinados na Colômbia 971 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos – um número que, entretanto, cresceu.

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