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Banco de Inglaterra recusa devolver ouro venezuelano

Após semanas de tentativas de acesso, o Reino Unido, pressionado por vários membros do governo de Donald Trump, congelou o acesso da Venezuela às suas reservas de ouro no Banco de Inglaterra.

Imagem de um dos cofres do Banco de Inglaterra onde estão reservas de ouro internacionais
CréditosBank of England / CC BY-ND 2.0

A acção do banco central inglês, que acolhe as reservas de ouro de uma considerável parte dos países do mundo, ocorreu ontem, em simultâneo com as declarações de ingerência por parte de vários estados europeus, que, à revelia do direito internacional, lançaram um ultimato sobre a Venezuela.

Segundo a RT, citando a Bloomberg como fonte, o Banco de Inglaterra bloqueou um pedido da Venezuela para levantar um valor aproximado de 1200 milhões de dólares das suas reservas de ouro.

A mesma fonte afirma que a Venezuela tem procurado aceder aos seus activos há já algum tempo, através de Calixto Ortega, chefe do banco central venezuelano, desde meados de Dezembro passado.


As negociações fracassaram, face às pressões da administração de Donald Trump, através de Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, e John Bolton, o falcão de guerra que serve como assessor de segurança para o presidente norte-americano.

As acções norte-americanas estão inseridas num conjunto de medidas, entre as quais sanções económicas e financeiras, que têm procurado negar o acesso da Venezuela aos mercados para a compra de bens essenciais, como medicamentos e tecnologia.

Segundo algumas estimativas, a Venezuela detém actualmente cerca de oito mil milhões de dólares em reservas de ouro externas. A quantidade de ouro venezuelano mantido no Banco da Inglaterra duplicou nos últimos meses, crescendo de 14 para 31 toneladas.

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