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Mais de 100 mil protestam contra o sistema de pensões no Chile

Mais de 100 mil pessoas participaram, este domingo, numa manifestação em Santiago do Chile para protestar contra o sistema de pensões que vigora actualmente no país.

Milhares de trabalhadores protestaram em Santiago contra o actual sistema de pensões chileno
Milhares de trabalhadores protestaram em Santiago contra o actual sistema de pensões chilenoCréditos

A mobilização de Santiago – uma de várias que tiveram lugar este domingo no país sul-americano – reuniu muitos milhares de trabalhadores, que fizeram frente ao intenso frio do Inverno austral para dizer «não» ao sistema de pensões gerido pelas Administradoras de Fundos de Pensões (AFP).

Criadas em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), as AFP são o sistema para o qual os trabalhadores chilenos são obrigados a descontar 13% dos seus salários ao longo da sua vida activa, obtendo, em retorno, «reformas baixíssimas» – acusaram os manifestantes.

Respondendo ao apelo da Coordenadora Nacional de Trabalhadores e da associação No+AFP, um mar de gente juntou-se na Praça Itália, no centro de Santiago, percorrendo em seguida, durante mais de duas horas, a Avenida Alameda, principal artéria da capital chilena, exibindo faixas e cartazes, e fazendo soar bombos e apitos.

Em declarações à agência AFP, citadas pelo periódico mexicano La Jornada, alguns trabalhadores deixaram bem vincada a sua oposição a um sistema que apelidam de «sanguessuga», tendo em conta os descontos que são obrigados a fazer e as baixas reformas que recebem no final da sua vida laboral.

«Este sistema é uma porcaria, dirigido pelas sanguessugas das AFP, que roubam as nossas poupanças e no fim nos dão uma pensão de merda», disse Julia Miranda, uma trabalhadora chilena.

Por seu lado, Luis Mesina, porta-voz da associação No+AFP, afirmou que «é uma vergonha; o Chile é o bobo do mundo por continuar a utilizar este sistema de poupanças provisórias em que as AFP acabam por nos pagar pensões de miséria».

Entre as reivindicações dos manifestantes estava o regresso ao sistema que existia no Chile antes de 1981, com as contribuições e a distribuição a serem asseguradas pelo Estado.

A actual presidente chilena, Michelle Bachelet, criou uma comissão para redigir propostas com o intuito de reformar o sistema de pensões. O ano passado, o conteúdo das propostas avançadas pela comissão lançou o debate entre os críticos e os apoiantes das AFP.

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