De acordo com o Governo, o valor do suplemento será de 100, 150 ou 200 euros, consoante os níveis das pensões (entre 522,50 euros e 1 567,50 euros), abrangendo até 2,4 milhões de reformados. Traduzido em termos práticos, a medida representará um acréscimo de apenas 50 cêntimos por dia, conforme salienta o comunicado do MURPI.
No entanto, a organização é perentória ao afirmar que este suplemento não representa um aumento das pensões, pois será pago apenas uma vez e ainda carece de aprovação em Conselho de Ministros. «Dá para pagar alguma conta que ficou para trás, mas rigorosamente mais nada», refere o comunicado do MURPI, que considera a medida uma «manobra falaciosa e enganadora» que «ofende a dignidade e a inteligência dos reformados».
A organização alerta ainda para o impacto continuado do custo de vida, afirmando que os aumentos nos preços dos bens essenciais como pão, leite, carne, peixe, rendas e medicamentos não se fazem sentir apenas em setembro. Por isso, defende uma solução estrutural.
O MURPI propõe um aumento extraordinário de 5% para todos os pensionistas, com um mínimo de 70 euros mensais, que deverá ser considerado nas decisões sobre as pensões em Dezembro.
A concluir, o comunicado lança um aviso direto ao Governo: «O senhor primeiro-ministro não deve brincar com quem trabalhou uma vida inteira e tem direitos. E estes não se contemplam com suplementos que nada mais são do que milho aos pardais.»
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