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Direita chumba aumento permanente das pensões invocando o “poderoso” défice

Porque o défice é mais importante que a vida dos idosos, PSD, CDS-PP e IL chumbaram o aumento permanente das pensões. Estabilidade de quem passou uma vida inteira a trabalhar continua a depender de uma suposta margem orçamental. 

CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

Foram várias as propostas a votação esta sexta-feira na Assembleia da República e a discussão do Orçamento do Estado na especialidade esclareceu que a prioridade da direita nunca será a melhoria das condições de vida de quem passou uma vida inteira a trabalhar. 

A única proposta aceite no Orçamento do Estado para 2026, já aprovada na generalidade com abstenção do Partido Socialista, ditou que os idosos terão apenas direito a um suplemento extraordinário de pensões, sendo que no momento de tornar essa excepção a regra, os partidos do Governo viram na IL o aliado para evitar um aumento permanente. 

A proposta do PCP, que foi chumbada, previa a actualização de todas as pensões em 5% e em pelo menos 75 euros por pensionista. Para os comunistas a sua proposta correspondia «a um imperativo de justiça social que não podemos adiar». 

Para os mesmos, é «inaceitável» que em 2029 nenhum pensionista receberá menos de 870 euros, quando a pensão média é de 665,54 euros e a pensão de sobrevivência é de 307 euros, isto num contexto em que 22% dos idosos vivem em situação de pobreza. 

Além da proposta do PCP, também o BE, Livre, PAN e Chega tinham as suas propostas. A proposta da extrema-direita era claramente insuficiente e previa somente um aumento extraordinário permanente de 1,5% até às pensões até 1567,5. 

Ou seja, com a proposta do Chega, a pensão média iria ter, no próximo ano, um aumento de 9,98 euros. Já com a proposta do PCP, a pensão média teria um aumento de 33,27 euros, a que se juntaria mais 75 euros, o que daria um valor de 108,27 euros, o que ajudaria a combater o aumento do custo de vida. 
 

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