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|Residências Universitárias

Residência Universitária que Marcelo apadrinhou já não vai existir

O ano de 2022 ficou também marcado pelos 60 anos da Crise Académica. Enquanto que em Lisboa milhares de estudantes saíram à rua para se manifestar, o Presidente da República foi ao Porto apadrinhar uma nova residência universitária que agora se sabe que nunca existirá. 

No dia 24 de Março de 2022, dia em que se assinalava os 60 anos da Crise Académica, enquanto milhares de estudantes se manifestavam em Lisboa, o Presidente da República foi ao Porto participar numa cerimónia que apenas contou com alguns estudantes.
No dia 24 de Março de 2022, dia em que se assinalava os 60 anos da Crise Académica, enquanto milhares de estudantes se manifestavam em Lisboa, o Presidente da República foi ao Porto participar numa cerimónia que apenas contou com alguns estudantes.CréditosRicardo Castelo / Lusa

A Câmara Municipal do Porto vai alienar os edifícios onde ia construir a residência universitária do Morro da Sé. Um volte-face curioso até porque a cerimónia que indicava a transformação de um dos edifícios em residência universitária justificou que, à data, no Dia Nacional do Estudante, o Presidente da República fosse a uma cerimónia apadrinhá-la. 

Nesse mesmo dia, milhares de estudantes celebraram em luta os 60 anos da Crise Académica e deslocaram-se de vários pontos do país para se manifestar em Lisboa numa das manifestações estudantis dos últimos anos. Uma opção foi feita pelo Presidente da República e essa opção não foi estar com os estudantes que pediam um Ensino Superior público, gratuito, democrático e de qualidade, mas sim alinhar numa cerimónia que apenas teve uma Federação Académica envolvida.

Passados oito meses, é notícia o facto da residência que o Presidente da República apadrinhou afinal não avançar. A justificação da Câmara Municipal do Porto é simples: ninguém demonstrou interesse no concurso público que foi aberto e os fundos do PRR não eram suficientes para melhorar a oferta. Face a isto, a Câmara Municipal do Porto, dado o estado de degradação dos edifícios, optou pela venda do património certamente para contribuir ainda mais para a bolha imobiliária na cidade.

A suposta residência, que entretanto não existirá, iria ter 120 quartos equipados com 210 camas e fazia parte de um protocolo entre a Universidade do Porto e a Câmara Municipal. De acordo com o Reitor da Universidade à data, seria «um projeto inovador» que teria a  colaboração «com a FAP e com a Câmara para a instalação de uma residência adicional no antigo Centro Social da Sé [Rua da Bainharia], a ser gerida pela FAP, em instalações cedidas pela autarquias». Ou seja, seria a desresponsabilização completa dos Serviços de Acção Social.

Face a isto, as reivindicações dos estudantes que saíram à rua em Lisboa parece que ganham redobradas razões. A falta de alojamento foi um dos grandes problemas levantados, algo que este ano, dado o aumento brutal das rendas, afectou mais quem quer exercer um direito e vê barreiras económicas para tal.

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