Durante o período de gestão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, «tornaram-se frequentes os encerramentos de serviços de urgência, especialmente na pediatria e na obstetrícia, aumentaram os partos realizados em ambulâncias, agravaram-se os tempos de espera para cirurgias e cresceu o número de utentes sem médico de família», denuncia a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), em comunicado.
O Serviço Nacional Saúde «atingiu um ponto de fragilidade sem precedentes» durante a anterior legislatura do Governo PSD/CDS-PP, que durou menos de um ano. A decisão de Luís Montenegro voltar a convidar Ana Paula Martins evidencia uma intenção de voltar a «repetir os mesmos erros».
Contra todas as evidências, a ministra da Saúde pode ainda, considera a maior estrutura sindical representativa do sector, «escolher um caminho diferente: um caminho de responsabilidade, de respeito pelos médicos e de verdadeiro compromisso com a população». Terá de aproveitar esta última oportunidade de corrigir os erros e romper com o seu passado.
A FNAM, estrutura liderada pela médica Joana Bordalo e Sá, tem «soluções concretas para salvar o SNS – centradas na melhoria das condições de trabalho e na valorização da carreira médica». Reafirmando a sua disponibilidade para «negociar de imediato, com seriedade, transparência e sentido de urgência», a Federação Nacional dos Médicos exige, antes de mais, «respeito institucional» e uma «vontade política clara» de resolver os problemas do SNS, dos médicos e dos utentes.
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