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|Saúde

Relatório diz que é mais fácil ser saudável na Alemanha do que em Portugal

Quanto mais pobres, menos saudáveis

Na hora de aceder aos cuidados de saúde, a pobreza é factor de exclusão, aponta o Observatório Português dos Sistemas de Saúde num relatório que será apresentado hoje.

CréditosInácio Rosa / Agência LUSA

Quem tem menos rendimentos tem maiores dificuldades no acesso a cuidados de saúde necessários, particularmente a consultas de especialidade e de medicina dentária, aponta o relatório «Viver em Tempos Incertos – Sustentabilidade e Equidade na Saúde», citado pelo Público.

O documento, que terá apresentação pública esta quarta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, refere que 19% dos mais pobres deixaram de ter acesso a consultas ou tratamentos por dificuldades financeiras, enquanto nos mais ricos esse valor cai para apenas 4%.

As maiores disparidades surgem nas necessidades não satisfeitas no plano da saúde dentária e da saúde mental: o peso destas no total é de 53% e 48%, respectivamente, para os 20% mais pobres; do outro lado do espectro, esse valor é de apenas 9%. No entanto, as diferenças também são claras nos restantes cuidados médicos e na compra de medicamentos receitados.

Também na espera para consultas e tratamentos, a desigualdade no acesso é evidente: os 20% mais ricos têm uma probabilidade significativamente menor de esperar por uma consulta «para além do razoável» do que todos os outros.

É mais fácil para um alemão manter-se saudável do que é para um português

Se as necessidades de cuidados de saúde totais, em Portugal, são inferiores à média europeia, aquelas que se devem a dificuldades financeiras são superiores. Apenas na Letónia, na Grécia, na Roménia, em Itália, na Bulgária e em Chipre as taxas superam os números do nosso país.

O relatório sublinha também o desinvestimento público dos últimos anos, como recentemente o Instituto Nacional de Estatística demonstrou, sublinhando que, em 2014, o Estado português era dos que menos comparticipava nos custos com o sector na União Europeia.

Uma realidade que é também patente na comparticipação pública de medicamentos, que estava muito longe de outros países, como a Alemanha, a França ou o Reino Unido. Estes dados levam a que se afirme no relatório que «é mais fácil para um alemão ou holandês manter-se saudável do que é para um português».

«Esperava-se um sinal claro e inequívoco de reconhecimento aos profissionais» pelo Governo

No documento, é realçado o efeito negativo das restrições à contratação de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, nos últimos anos, e registado o «esforço para inverter esta situação» em 2016. No entanto, é deixado o alerta para situações que continuam por resolver, como as carreiras que estão congeladas e por regulamentar. «Do actual Governo esperava-se um sinal claro e inequívoco de reconhecimento aos profissionais, facto que não se observou até este momento», refere o relatório.

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