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PS faz estranha oposição ao dar a mão à AD

Ainda antes da formação do Governo e antes até da apresentação do programa de Governo, o PS diz já que está disponível para consensos com AD em matéria de Orçamento Rectificativo. Uma estranha oposição. 

CréditosJosé Sena Goulão / EPA

Além dos resultados, a noite eleitoral ficou marcada pelo demissionismo do PS. Numa altura em que se confirma uma necessidade de dar combate a toda a direita e aos seus projectos, o PS, por um lado, assumiu que não votaria a favor de nenhuma moção de rejeição e que seria o líder da oposição. 

Passados dias, das duas coisas prometidas, o PS apenas cumpriu uma, o que invalida outra. O partido liderado por Pedro Nuno Santos irá manter a palavra relativamente à moção de rejeição, deixando a AD e afins formarem Governo e, dessa maneira não fará oposição. 

Mas eis que o PS vai mais longe. A AD, já identificando que a margem financeira deixada pelo PS era grande o suficiente para responder a alguns dos problemas do país, poderá procurar utiliza-la da forma que o PS não usou e, dessa forma, iludir o povo e os trabalhadores, antes de colocar em prática o seu projecto.

Se as intenções da AD estão ainda cobertas em neblina, e a apresentação de um Orçamento Rectificativo ainda não é clara, as intenções do PS não podiam ser mais claras. Conforme se pode ler no site do PS, em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém após a audiência com o Presidente da República, Pedro Nuno Santos diz ter observado a existência de um consenso político alargado, «que extravasa aliás o próprio PS e a AD», em torno da necessidade de valorizar as carreiras e as grelhas salariais de alguns grupos profissionais.

Disse o mesmo que o PS está disponível para encontrar com o futuro Governo «uma solução que permita que estes profissionais tenham a sua situação resolvida», ou seja aquilo que o seu partido não fez quando estava no Governo dada a narrativa em torno das «contas certas».  

A AD, numa postura de tacticismo poderá aproveitar a almofada financeira deixada pelo, e o PS, ao que tudo indica, deixará e até lá dá o terreno à direita para preparar o seu projecto de destruição das funções sociais do Estado.

O PS faz, assim, uma estranha oposição que passa pela viabilização de um projecto política cujos objectivos são conhecidos. Uma oposição tão estranha quanto o seu desejo de que a AD forme um forte e estável Governo.
 

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