As negociações em torno do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) já arrancaram e o PS, BE e PCP apontam «avanços» em matérias inscritas nas posições conjuntas. O presidente do PS, Carlos César, afirmou, à saída do encontro com o primeiro-ministro, em São Bento, que «as negociações e o debate preparatório do OE2017 estão a correr muito bem».
Pouco antes, foi o secretário-geral comunista a falar em «avanços, embora limitados». Jerónimo de Sousa lembrou a chantagem europeia em curso para afirmar que é necessário responder «sim ou não em relação à linha de reposição de rendimentos e de direitos».
Catarina Martins, coordenadora do BE, falou em «acordo em matérias importantes», para depois defender que existe «alguma propaganda para pressionar o nosso país», a propósito de uma recente entrevista do ministro das Finanças em que Centeno defendeu que a sua «principal tarefa» é o relançamento da economia e o equilíbrio orçamental.
Críticas à direita
A presidente do CDS-PP desconfia da política de reposição de rendimentos. Depois de se ter sentado durante quatro anos e meio no Conselho de Ministros do anterior governo, em que o País viveu a recessão económica mais profunda dos últimos 40 anos e que fez a dívida pública disparar para perto dos 130% do Produto Interno Bruto (PIB), Assunção Cristas afirmou que «não nos parece que seja o contexto ideal para defendermos que podemos ter políticas mais generosas».
O PSD, que encerrou hoje as suas jornadas parlamentares, será recebido amanhã, quarta-feira. Pedro Passos Coelho sinalizou hoje, no encerramento dos trabalhos do grupo parlamentar do seu partido, que não está disponível para contribuir para o OE2017. «Não podemos fazer compromissos com quem é revanchista», afirmou Passos, numa referência à política do actual Governo.
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