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|habitação

Pacote legislativo não põe em causa a especulação imobiliária

O Governo aprovou um pacote de diplomas sobre habitação, introduzindo protecções para inquilinos idosos e com incapacidade, mas sem propor a revogação da «lei dos despejos» de Assunção Cristas.

Desde a aprovação da «lei dos despejos» de Assunção Cristas que as rendas dispararam, particularmente nos principais centros urbanos
Desde a aprovação da «lei dos despejos» de Assunção Cristas que as rendas dispararam, particularmente nos principais centros urbanosCréditos

As medidas foram anunciadas pelo ministro do Ambiente, no final da reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa. O Governo aprovou um conjunto de diplomas, muitos dos quais terão de ser aprovados pela Assembleia da República, que criam programas de rendas apoiadas e «acessíveis», e que protegem os inquilinos com mais de 65 anos de idade ou de 60% de incapacidade.

Rendas acessíveis podem ficar fora do alcance de muitos

O «Primeiro Direito», já anunciado pelo primeiro-ministro no Parlamento, incide sobre as 26 mil famílias com carências habitacionais. A sua definição deverá passar pelos municípios e os apoios públicos podem chegar a 60% a fundo perdido, de acordo com o ministro.

Quanto ao programa de «renda acessível», Matos Fernandes declarou que o objectivo é alcançar rendas a rondar os 80% do valor de referência calculado pelo Instituto Nacional de Estatística. No caso dos centros de Lisboa e do Porto, esse valor deverá revelar-se muito pouco acessível para a generalidade das famílias.

Os contratos ao abrigo deste programa devem ter a duração mínima de três anos, com uma excepção para os estudantes do Ensino Superior, que podem ter acesso a «rendas acessíveis» por  nove meses, no mínimo.

Proprietários subsidiados

Quem colocar casas no programa de «renda acessível» terá isenção total de IRS e de IRC, revelou o ministro do Ambiente, o que, espera o Executivo, vai significar que os proprietários não terão qualquer perda de rendimento.

A estratégia para promover o arrendamento de longa duração do Governo passa por uma medida em tudo idêntica: a redução da taxa liberatória em sede de IRS de 28% para 14%, para os contratos entre dez e 20 anos, e para 10%, para os contratos com mais de 20 anos.

Retoques cirúrgicos à «lei dos despejos»

Para os inquilinos com mais de 65 anos ou um grau de incapacidade superior a 60%, o Governo pretende introduzir uma protecção face à possibilidade de os contratos de arrendamente em vigor há décadas virem a terminar por força do regime de arrendamento urbano desenhado por Assunção Cristas e aprovado pelo PSD e pelo CDS-PP

No entanto, o PCP já agendou a discussão e votação de um projecto de revogação da chamada «lei dos despejos», na Assembleia da República, para 4 de Maio. 

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