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|central termoeléctrica

Depois de Matosinhos, o primeiro-ministro ignora os trabalhadores do Pego

O fecho da Central Termoeléctrica do Pego está decidido para o final deste mês, representando «mais um encerramento precoce de uma importante estrutura da indústria de energia», segundo a Fiequimetal.

A Central Termoeléctrica do Pego, em Abrantes, é uma das maiores produtoras de electricidade em Portugal 
A Central Termoeléctrica do Pego, em Abrantes, é uma das maiores produtoras de electricidade em Portugal Créditos / fiequimetal

Portugal tem-se vindo a expôr, progressivamente, à instabilidade energética internacional, alerta o comunicado da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN), primeiro em consequência do encerramento da Central de Sines, que resultou no aumento dos preços da electricidade, e que agora só se agravará com o anunciado encerramento da central do Pego, agravando a situação do País.

Serão mais duas centenas de postos de trabalho destruídos, «sem alternativas de emprego». Esta foi uma das grandes preocupações manifestada anteontem, no protesto realizado frente aos Paços do Concelho de Abrantes que juntou trabalhadores da Central Termoeléctrica do Pego, dirigentes sindicais, deputados, e eleitos nas autarquias locais. 

«Independentemente de quem ganhe, a 15 de Janeiro, o concurso público para atribuição do ponto de injecção de energia na actual central, exige-se a manutenção dos postos de trabalho e do desenvolvimento da região», afirmou, no protesto, o presidente do Sindicato Das Indústrias Eléctricas Do Sul E Ilhas (SIESI/CGTP-IN), Luís Santos.

A Central Termoeléctrica do Pego é a última unidade produtora de energia a carvão em Portugal, tendo sido decidido pelo Governo que a sua actividade cessaria até 30 de Novembro de 2021, para dar lugar a um espaço de produção de «energia verde». ainda sem qualquer plano ou perspectiva de desenvolvimento deste projecto.

Deixar de produzir em Portugal para comprar energia poluente no estrangeiro

Só com o «encerramento da refinaria em Matosinhos, verificou-se a necessidade de importar 40 mil toneladas de gasóleo, por insuficiência da produção em Sines». Nos últimos três meses o saldo importador de electricidade situa-se acima dos 22%, demonstrando um claro défice na autosuficiência da produção no país.

A Fiequimetal alerta que a electricidade de que o País precisa, e que não se produz em Portugal, acaba por ser «gerada em Espanha (e França), em centrais a carvão que emitem o dióxido de carbono que o Governo diz querer reduzir». «A actual estratégia apenas transfere o local de emissão de CO2, ao mesmo tempo que garante volumosas subvenções públicas ao oligopólio privado».

É essencial desenvolver medidas «imediatas e eficazes que respondam à grande inquietação em que vivem os trabalhadores da central e as suas famílias perante a ameaça de despedimentos a muito curto prazo e umas inconsistentes promessas de empregos num futuro indefinido». As promessas de futuros empregos verdes não resolvem os problemas concretos já existentes, porque as «vidas dos trabalhadores e das suas famílias não podem ficar congeladas à espera de um futuro incerto e sem prazo», realça.

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