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Crédito à habitação: banca esfrega as mãos, mas não para as aquecer

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a prestação média do crédito à habitação subiu 40,2% em termos homólogos. Do que as famílias pagam, 55% são juros e 45% serve para a amortização.

CréditosMario Cruz / Agência Lusa

É o décimo sexto mês consecutivo em que a taxa de juro média dos contratos de empréstimos à habitação, revelam os novos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que confirmam que atravessamos o valor «mais elevado desde Abril de 2009». 

Segundo os dados hoje divulgados, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 3,878% em Julho, o que traduz uma subida de 22,9 pontos base face ao mês de Junho (3,649%). Os dados indicam ainda que nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 4,132% em Junho para 4,173% em Julho, atingindo assim o valor mais elevado desde Abril de 2012. 

Relativamente à prestação média, esta fixou-se em 370 euros em Julho, mais 106 euros que em Julho de 2022, o que traduz um aumento homólogo de 40,2%. O INE acrescenta ainda que no último mês, a parcela relativa a juros representou 55% da prestação média, sendo que em Julho de 2022 representava apenas 17%. Isto significa que, do que as famílias actualmente pagam, somente 45% serve para amortização.

Já nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu 5 euros face ao mês anterior, para 604 euros em Julho, mas mesmo assim, regista-se um aumento de 42,1% face ao mesmo mês do ano anterior.

Sobre o capital médio em dívida, este aumentou 259 euros, para 63 555 euros e a taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 3,878%, valor superior em 22,9 pontos base face ao registado no mês anterior e o mais elevado desde Abril de 2009. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 4,173%, o que traduz uma subida de 4,1 pontos base face a Junho, atingindo o valor mais elevado desde.

Tudo isto é consequência da política monetária do Banco Central Europeu que confirma mais uma vez que está a funcionar enquanto instrumento para acelerar a transferência de rendimentos do trabalho para o capital, desta vez o financeiro.
 

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