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Concentração em Lisboa exige devolução do dinheiro roubado à Venezuela

Uma concentração em frente à sede do Novo Banco exigiu o desbloqueio imediato dos 1543 milhões de euros pertencentes à Venezuela e que se encontram ilegalmente retidos por aquela instituição bancária.

Manifestantes desfraldam um pano à frente da sede do Novo Banco, em Lisboa, exigindo o desbloqueio dos 1543 milhões de euros do Estado Venezuelano ilegalmente retidos por aquele banco.
Manifestantes desfraldam um pano à frente da sede do Novo Banco, em Lisboa, exigindo o desbloqueio dos 1543 milhões de euros do Estado Venezuelano ilegalmente retidos por aquele banco. Créditos / Comissão de Solidariedade Venezuela Soberana

Uma concentração ocorreu hoje, dia 10 de Junho, em frente à sede do Novo Banco, na Av. da Liberdade, Lisboa, para exigir o desbloqueio imediato dos 1543 milhões de euros pertencentes ao Estado venezuelano e ilegalmente retidos por aquela instituição bancária.

Segundo comunicado da Comissão de Solidariedade Venezuela Soberana, organizadora do protesto, a escolha de 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, reveste-se de um carácter altamente simbólico, já que «o ilegal bloqueio promovido pelos EUA, e de que o Novo Banco é parte, prejudica fortemente o povo venezuelano, incluindo a numerosa comunidade portuguesa que aí reside».

A acção decorreu sob o lema «Devolvam o dinheiro roubado à Venezuela!» e congregou dezenas de activistas insatisfeitos com a transigência das autoridades portuguesas relativamente à participação do Novo Banco num bloqueio com consequências humanitárias graves para o povo venezuelano, e em particular as suas populações mais frágeis: crianças, mulheres, idosos e doentes.

Em folheto distribuído pelos activistas do Venezuela Soberana chamava-se a atenção para as consequências do bloqueio para o impedimento da «compra de bens alimentares, de medicamentos, de toda e qualquer transacção económica».

«O ilegal bloqueio do Novo Banco mata», sublinham os activistas do Venezuela Soberana, que consideram inadmissível a «conivência do governo português, que detém 25% deste banco» e nele «afunda milhares de milhões [de euros] do povo português, mas encarrega o ministro dos Negócios Estrangeiros de afirmar ser este «um banco privado» e por isso estar o governo impedido de nele «interferir».

A Comissão de Solidariedade Venezuela Soberana apresenta-se como um grupo de pessoas solidárias com o povo da Venezuela e a sua Revolução Bolivariana, que «em 20 anos pôs os recursos naturais daquele país ao serviço do povo retirando milhões da pobreza, acabando com o analfabetismo, garantindo habitação digna a mais 2 milhões e 600 mil famílias, garantindo o acesso à saúde e à educação, garantindo uma vida digna ao povo venezuelano».

Os activistas associam-se assim, ao amplo movimento internacional de apoio ao povo da Venezuela e à sua Revolução Bolivariana, e procurarão «difundir a verdade e desmontar a cadeia de falsas informações e manipulação informativa, desmascarando a campanha desenvolvida pelos órgãos de comunicação social dominantes (nacionais e internacionais), ao serviço dos interesses dos EUA e da oligarquia venezuelana e do seu objectivo de recuperar o controlo sobre as riquezas nacionais da Venezuela, e justificar o intervencionismo externo, em mais uma operação de "mudança de regime"».

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