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|inflação

Cabaz de Natal subiu quase 10%. Patrões da grande distribuição tiveram boas festas

Numa monitorização feita aos 16 produtos mais consumidos na ceia de Natal, a conclusão da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor não deixa margem para dúvidas: o cabaz natalício encareceu 9,7%. Recorde-se que os produtos estão abrangidos pelo IVA zero.   

CréditosJosé Coelho / Agência Lusa

São grandes notícias para os patrões da grande distribuição porque são más notícias para os trabalhadores. Se o Natal é a época da partilha, a transferência de rendimentos do trabalho para o capital deixa cair por terra tal concepção da festividade. O cabaz de Natal superou a inflação registada e aumentou 9,7% em comparação ao período homólogo do ano passado.

Quem o conclui é a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) que fez a monitorização dos 16 produtos mais consumidos na época natalícia. Tais produtos estão abrangidos pelo IVA zero, mas parece que a realidade confirma aquilo que já se sabia previamente à sua aplicação e as margens de lucros foram meramente aumentadas. 

Parece então que o grande patronato garantiu assim mais um excelente natal junto dos seus lucros, uma vez que o aumento da receita estava salvaguardado. A 7 de Dezembro de 2022 este cabaz custava 46,31 euros, mas este ano custou 50,80 euros. Ou seja, no espaço de um ano, o cabaz de Natal encareceu cerca de 4,50 euros (9,7%). Recorde-se que em Novembro a taxa de inflação terá abrandado para 1,6%. 

Entre vários produtos, o azeite virgem extra foi o que mais subiu de preço no último ano, tendo disparado 82% (mais 4,60 euros), face ao período homólogo. O arroz carolino (22%), a farinha para bolos e a couve (ambos 18%), o vinho tinto do Douro (15%), a batata vermelha, o açúcar branco e a tablete de chocolate para culinária (todos 8%).  

Numa análise por categorias, desde o início de Novembro e até ao início de Dezembro, a mercearia foi a categoria que registou o maior aumento, subindo 4,35% (mais 84 cêntimos), para 20,19 euros. A categoria de frutas e legumes aumentou 3,57% (mais 15 cêntimos) para 4,36 euros; o peixe aumentou 2,10% (mais 25 cêntimos), para 12,18 euros; as bebidas aumentaram 1,09% (mais 8 cêntimos), para 7,40 euros; e os laticínios encareceram 0,83% (mais 2 cêntimos), para 2,45 euros.

Apesar deste aproveitamento, a Sonae que só nos primeiros nove meses do ano registou lucros de 135 milhões de euros, numa jogada de publicidade, anunciou que iria distribuir prémios de 500 a 38 mil trabalhadores, o que corresponde a 19 milhões de euros. As boas intenções da Sonae esbarram na recusa de aumentar os salários durante o ano, assim como se revelam nos asteriscos da acção, já que o tal prémio não será inteiro e sim proporcional em função da carga horária.   
 

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