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|aumento de preços

Empresas privatizadas aproveitam para subir preços

Bens e serviços essenciais com aumentos neste início de ano

Dos ovos aos transportes públicos, do azeite à electricidade, são vários os bens e serviços essenciais que sofrem aumentos de preço à entrada de 2018 – uma das consequências da política de privatizações e liberalizações das últimas décadas.

Os patrões da panificação anunciaram aumentos até 20% no preço do pão em 2018
Os patrões da panificação anunciaram aumentos até 20% no preço do pão em 2018Créditos

As subidas de preços são notícia no início de cada ano e 2018 não é excepção. Muitos bens e serviços essenciais ficam mais caros já em Janeiro e os preços de outros podem ainda vir a aumentar ao longo do ano, consumindo uma fatia do rendimento recuperado através de medidas como a actualização do salário mínimo, o aumento de pensões e o alívio no IRS para os rendimentos mais baixos e intermédios.

Alguns aumentos já se vinham verificando ao longo dos últimos meses de 2017, como é o caso dos ovos ou do gás de botija. No primeiro, os aumentos previstos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para este ano ultrapassam os 20%; a garrafa de gás butano de 13kg (mais comum no consumo doméstico) aumentou, em média, 17 cêntimos no último trimestre, de acordo com informação do portal Poupe na Botija, da Deco. Também no pão e no azeite os aumentos devem ser acentuados. Os patrões da panificação ameaçaram com subidas até 20% na tentativa de condicionar a discussão sobre o aumento do salário mínimo e, no azeite, o INE estima que o preço possa crescer 30% em 2018.

Privatizações também se pagam com aumentos de preços

Os preços da electricidade neste início de ano são um espelho fiel do que significam as privatizações das empresas que prestam serviços públicos essenciais. Se no mercado regulado o preço desce 0,2%, no mercado liberalizado a EDP já anunciou um aumento de 2,5%. Com a possibilidade de regressar aos preços regulados em cima da mesa, por proposta do PCP, vale a pena olhar para a factura, onde passará a constar a diferença entre o que paga e o que pagaria no mercado regulado, e ponderar a troca. Já o IVA a 23% continua em vigor desde Outubro de 2011, quando o anterior governo fez subir a taxa dos 6%, até então em vigor.

Nos Correios, os CTT falharam um dos critérios de qualidade do serviço postal universal e vão ter que descer o preço do correio normal em 0,3%. O problema é que, nos últimos anos, as subidas de preços quase chegaram, em alguns casos, aos 50%. Ainda em Abril passado, o selo de correio normal até 20 gramas (o mais utilizado) subiu de 47 para 50 cêntimos. A descida agora imposta pelo regulador não chega sequer para que se sinta nesse caso. Em 2012, antes da privatização, o preço de enviar uma carta em correio normal era de 32 cêntimos.

Deslocações mais caras

Nas auto-estradas, a Brisa (outra antiga empresa pública) decidiu aumentar as portagens em 47% dos troços que lhe estão concessionados, na maioria dos casos em cinco cêntimos. Mas há outros percursos em que os aumentos são bastante superiores: para passar o Tejo na Ponte Vasco da Gama, desde o início do ano que a Lusoponte cobra mais 15 cêntimos. No caso da 25 de Abril, o aumento é de cinco cêntimos, passando para 1,80 euros para a classe 1. Desde 1996, quando foi concessionada à Lusoponte, o valor da portagem já subiu quase 60%.

Já nos transportes públicos, o Ministério do Ambiente permitiu aumentos até 2,5%, com um aumento médio de 2%. Na Área Metropolitana de Lisboa, o Navegante Rede subiu 60 cêntimos e o passe social L123 custa mais 95 cêntimos; na Área Metropolitana do Porto, as subidas nas assinaturas do Andante são de 20 cêntimos para duas zonas, de 1,35 euros para seis zonas e de 2,5 euros para a 12 zonas.

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