A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano manifesta «total apoio e solidariedade» com os objectivos da jornada nacional de luta que a Intersindical promove amanhã, por todo o País, e com a greve marcada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) para os dias 28 e 30 de Junho.
A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano denuncia o facto de não haver nenhuma unidade de saúde na região que esteja em horário alargado e exige um reforço dos profissionais. Apesar da campanha promovida pelo Governo, após analisar a lista dos centros e extensões de saúde, que, segundo o Ministério da Saúde, estarão abertos em horário alargado para situações de saúde não emergentes, a estrutura de utentes conclui não haver nenhuma no Litoral Alentejano. Dirigindo-se ao Ministério da Saúde, através de comunicado, pergunta «como é que um utente irá fazer se por acaso se na sua extensão de saúde não tiver médico, no dia em que está previsto»? E são várias as localidades dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Odemira onde tal acontece. Uma vez que os horários «são os mesmos», «o afluxo ao Serviço de Urgência do Hospital do Litoral Alentejano irá ser muito elevado porque não há nenhum reforço de recursos humanos», lê-se na nota. A Coordenadora das Comissões de Utentes e o SEP promovem uma acção esta sexta-feira, junto ao Hospital do Litoral Alentejano, para denunciar a falta de profissionais. A situação verificada na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) «põe em causa o normal funcionamento deste importante serviço público», revela o comunicado conjunto da Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano e do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN). «Só no que diz respeito à falta de enfermeiros, o próprio conselho de administração já tornou público que na ULSLA faltam pelo menos 100 enfermeiros, havendo outros a serem despedidos porque os seus contratos não estão a ser renovados», lê-se no texto. A não contratação destes profissionais, admite-se, poderá fazer com que «se fechem camas em vários serviços, levando a que menos utentes sejam operados, ou então, para não fecharem camas, reduzem o número de enfermeiros por turno, colocando em risco a segurança dos utentes». Os promotores da iniciativa realçam ainda «a grave falta» de médicos de diversas especialidades, como pediatria, urologia, cardiologia e ginecologia, mas também de assistentes operacionais, e exigem a tomada de medidas por parte do Governo de modo a corrigir «necessidades prementes». A concentração realiza-se amanhã, pelas 17h30, em frente ao Hospital do Litoral Alentejano. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Neste sentido, os utentes exigem o reforço dos profissionais e um horário alargado para situações não emergentes, designadamente nos centros de saúde de Grândola e de Santiago do Cacém, bem como nas extensões de saúde de Odemira – São Teotónio e Vila Nova de Milfontes. Entretanto, não abdicam de reivindicações antigas, como a contração de médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos, entre outros, e a construção/reparação de edifícios como o Centro de Saúde de Santiago do Cacém e as extensões de saúde de Vila Nova de Santo André (Santiago do Cacém), Saboia (Odemira) e Vila Nova de Mifontes (Odemira). Junta-se a estas exigências a reabertura das extensões de saúde de São Francisco da Serra (Santiago do Cacém) e de Luzianes-Gare (Odemira). Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Local|
Litoral Alentejano sem unidades de saúde com horário alargado
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Faltam pelo menos 100 enfermeiros no Litoral Alentejano
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As comissões apelam aos enfermeiros que adiram à greve e aos utentes que «compreendam, porque esta luta é por um melhor Serviço Nacional de Saúde», afirma a Coordenadora numa nota à imprensa. No documento lembram-se as várias denúncias realizadas sobre a falta de profissionais de saúde na região, onde cerca de 20 mil utentes não têm médico de família e faltam cerca de 100 enfermeiros em toda a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, a única do País que não tem maternidade.
Amanhã, pelas 13h, representantes das comissões de utentes e dos sindicatos dos Médicos da Zona Sul (FNAM) e dos Trabalhadores em Funções Públicas (CGTP-IN) vão concentrar-se junto ao Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, estando previstas intervenções e a votação de uma resolução.
A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano apela a que todos os utentes e profissionais de saúde se juntem a esta acção de luta.
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