«Mais uma vez, o Governo está a faltar ao prometido», denuncia esta comissão de utentes num comunicado enviado ao AbrilAbril, onde realça que, de acordo com o plano inicial, a empreitada neste troço da Linha do Oeste já deveria estar concluída.
Os sucessivos atrasos, alerta, «poderão vir a pôr em causa o financiamento comunitário para a modernização e electrificação da Linha, entre Meleças e Caldas da Rainha», ao mesmo tempo que representam «um enorme prejuízo para os concelhos do Oeste, desde Sintra à Figueira da Foz», tanto no que toca ao direito à mobilidade, como pela importância que a Linha do Oeste poderá ter para o desenvolvimento económico e social daquele território.
Em Junho, o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) admitiu que só estão executados 30% do projecto, faltando concretizar partes de natureza técnica mais demoradas, numa altura em que falta cerca de um ano para o prazo de conclusão da obra. Esta quinta-feira, a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste promove uma acção de denúncia e protesto, junto à estação ferroviária de Torres Vedras, pelas 18h, para exigir a retoma urgente da empreitada, parada desde Março, que trará ainda ganhos no plano ambiental.
A electrificação da Linha do Oeste do Oeste, e consequente aumento do número de comboios a circular, «representará uma diminuição da carga poluente provocada pelos comboios a diesel» e uma «ainda mais significativa redução da poluição, pela eliminação de parte do transporte em autocarro que hoje se efectua», refere-se na nota.