Na missiva enviada ao ministro da Saúde ainda em funções, Manuel Pizarro, o executivo CDU da Câmara Municipal de Sesimbra (CMS) reafirma, como tem feito ao longo da última década, a sua preocupação com «a capacidade de resposta dos serviços de saúde primária no município». No documento são sinalizados, em nove pontos, os principais problemas que subsistem no concelho.
Os problemas são muitos e, ao longo da última década de governos do PSD/CDS-PP e do PS (assim como a maioria absoluta), só «agudizaram». Não é aceitável manter esta população à distância de mais de 30 quilómetros do hospital de referência, «com enormes dificuldades de transporte público (inexistente no período noturno)».
Nas freguesias de Castelo e Quinta do Conde há uma total ausência de qualquer resposta de urgência, para além do funcionamento das Unidades de Saúde Familiar (USF) que, por si, muitas das vezes não têm capacidade de resposta. Na Quinta do Conde, a freguesia que mais cresceu em Portugal entre 2001 e 2021, soma-se ainda a necessidade urgente de mais médicos de família. No Castelo, «as instalações e respectiva acessibilidade» precisam de uma acção de reabilitação imperiosa.
A CMS exige ainda «a abertura da nova Unidade de Saúde de Sesimbra, dependente da transferência, em direito de superfície, para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo».
O presidente da autarquia, Francisco Jesus, ressalva que a autarquia tem estado sempre «disponível para encontrar soluções concertadas com a tutela e com a Administração Regional», e que mantém essa disponibilidade para «conjuntamente aferir dos avanços necessários para essa mesma melhoria, sem os quais não se vislumbra nenhuma vantagem com o processo de descentralização em curso».
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