|Câmara Municipal de Lisboa

Uma cidade para a elite: Moedas tem ajuda do Chega para devolver IRS aos mais ricos

Com o voto favorável do Chega e a abstenção do PS, a «devolução do IRS» proposta por Carlos Moedas (PSD/IL/CDS) custará 90 milhões de euros por ano, sendo que mais de 55% deste valor irá para os bolsos dos 10% que perfazem a classe dos rendimentos mais elevados. 

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

Foi proposta por Carlos Moedas e a sua coligação PSD/IL/CDS-PP, corresponde à sua visão de cidade, e teve o apoio do Chega e abstenção do PS. A famigerada «devolução do IRS» irá avançar, revela uma opção de classe, e terá um custo a Lisboa de 360 milhões de euros, dinheiro que poderia ser usado para resolver problemas estruturais. 

Com um custo de 90 milhões por ano e encapoda de uma suposta justiça fical, a vontade da maioria de direita que governa a capital do país passa devolver a maioria do dinhieto à minoria dos lisboeta, aqueles que mais rendimentos têm. Ou seja, 55% do previsto irá directamente para os 10% com rendimentos elevados. 

Para o PCP, a proposta da direita não passa de uma «fraude fiscal». Segundo o partido que elegeu um vereador e esteve apenas a um voto de eleger um segundo, além da evidente injustiças, «a proposta penaliza, ainda, o orçamento municipal, isto é, diminui a capacidade de intervenção do município na resolução dos problemas em áreas fundamentais para a qualidade de vida: na higiene urbana, nos transportes públicos, nas escolas, na qualificação do espaço, entre outras áreas».

Em resposta, os cpmunistas apresentaram uma proposta para manter a totalidade da receita fiscal no orçamento municipal, propondo usar esses recursos em prol de todos e não apenas para aqueles que considera ser «uma minoria privilegiada». A proposta não teve luz verde. 


 

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