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Rui Moreira recusa-se a intervir a favor da Seiva Trupe

O autarca do Porto rejeitou uma proposta da CDU com vista a sensibilizar o ministro da Cultura para o futuro do teatro independente, designadamente da Seiva Trupe, alegando tentativa de «politizar» o concurso.

Depois da agência de notícias, Rui Moreira responsabilizou os serviços da Câmara
CréditosManuel Fernando Araújo / Agência Lusa

A proposta foi rejeitada ontem, um dia após a manifestação de protesto pela exclusão da Seiva Trupe da lista provisória da Direcção-Geral das Artes (DGArtes), com os votos contra dos vereadores do PSD e do movimento de Rui Moreira, a abstenção do PS e votos favoráveis da coligação proponente e do BE.

O documento visava manifestar ao ministro da Cultura a preocupação com o futuro do teatro independente, e apelava ao Governo que tomasse as medidas necessárias «para a sua defesa e promoção». Em reacção, o presidente da Câmara da Invicta alegou que esta era uma «tentativa de politizar um concurso» e uma violação das regras. Mas, afirma a vereadora da CDU, a argumentação de Rui Moreira «não faz sentido». Em declarações ao AbrilAbril, Ilda Figueiredo, realça que a proposta defendia a sensibilização do ministro da Cultura para a necessidade de a Seiva Trupe, uma companhia que «deu tanto à cidade» do Porto, continuar a ter apoios. 

«Incomoda-me muito estar a questionar o Governo quando há uma duplicação de verbas, quando há um júri independente da DGArtes e quando esse júri não classificou a Seiva Trupe com a classificação suficiente», argumentou Rui Moreira. Ora, «isto também não faz sentido», vinca a vereadora da CDU. «Dizer que não foi classificada não faz sentido, porque efectivamente foi», regista Ilda Figueiredo. «O dinheiro é que não chegava para todas», acrescenta, «mas estamos solidários com todas as outras que ficaram de fora».

Também a vereadora do BE, Maria Manuel Rola, salientou que a Seiva Trupe «foi excluída por não haver financiamento», associando-se às preocupações da CDU.

Entre as excluídas a Norte da lista provisória da DGArtes estão a Pé de Vento, que foi obrigada a sair do Porto para Matosinhos, e a Filandorra, sedeada em Vila Real. Ambas marcaram presença no protesto do último domingo. 

Perante o argumentário de Rui Moreira, Ilda Figueiredo mostrou-se disponível para retirar da proposta os pontos que o autarca alegava poderem levar a questionar a actuação no concurso, reiterando que o principal intuito da recomendação é «manifestar preocupação com o teatro independente e o seu futuro na cidade». «Fiz a sugestão e insisti na necessidade de apoiar a companhia Seiva Trupe, que está prestes a fazer 50 anos, seja de que maneira for», conta, mas PSD e PS mantiveram-se irredutíveis nas suas «contradições». 

Pelo PS, e a propósito das companhias que não foram contempladas pelo concurso da DGArtes, a vereadora Rosário Gamboa disse estar preocupada mas escudou-se no argumento de que se «trata de [um] concurso», sendo «evidente» que «não é responsabilidade da DGArtes, mas de um júri independente».

Também o vereador do PSD, Vladimiro Feliz, afirmou que esta «é uma preocupação de todos», mas manteve-se contra a proposta de sensibilizar o Governo para o problema da falta de apoios ao teatro independente. Problema que, insiste Ilda Figueiredo, «não é de agora».

Serralves contra manhãs de domingo gratuitas

Na mesma reunião foi também rejeitada, com os votos contra dos vereadores do PS, PSD e movimento de Rui Moreira, e os votos a favor do BE e da CDU, uma proposta do Bloco para que a câmara defendesse no Conselho de Fundadores do Museu de Serralves a reposição do acesso gratuito ao museu aos domingos e feriados de manhã.

A proposta levou a que a presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Ana Pinho, endereçasse uma carta a Rui Moreira, esclarecendo que a Fundação de Serralves é «uma fundação privada com estatuto de utilidade pública» e que já disponibiliza o cartão Amigo. Sobre a gratuitidade de entrada aos domingos e feriados de manhã, Ana Pinho sustenta que «é não só totalmente injustificada, como colocaria em risco a sustentabilidade da Fundação de Serralves».


Com agência Lusa

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