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PS e PSD insistem no encerramento da Escola Básica da Fonte Santa, em Almada

A proposta (apresentada pelos vereadores comunistas) que revogaria a decisão de encerrar a Escola Básica da Fonte Santa, na freguesia da Caparica, foi chumbada na Câmara Municipal de Almada pelos votos do PS e PSD.

A Escola Básica da Fonte Santa, na freguesia da Caparica, em Almada, que o PS e o PSD querem encerrar, integra o Agrupamento de Escolas do Monte de Caparica, albergando actualmente 47 alunos, 25 no jardim-de-infância e 22 no 1.º ciclo do ensino básico. 
Créditos / Câmara Municipal de Almada

A Escola Básica, de 1.º Ciclo e Jardim-de-Infância, da Fonte Santa, na freguesia da Caparica, em Almada, que integra o Agrupamento de Escolas do Monte de Caparica, alberga actualmente 47 alunos, 25 no jardim-de-infância e 22 no 1.º ciclo do ensino básico. Esta comunidade escolar «ultrapassa largamente as fronteiras da Freguesia da Caparica», refere nota divulgada pelos vereadores eleitos pela CDU (PCP/PEV) em Almada, incluindo crianças de outras freguesias e até de outros concelhos.

Este facto «atesta, por si só, a confiança que os pais e encarregados de educação colocam na qualidade do ensino assegurado naquela escola». Na proposta que os vereadores do PCP apresentaram em reunião da Câmara Municipal de Almada (CMA), para manter a escola em funcionamento, os comunistas defendem que a Escola Básica da Fonte Santa constitui um «factor de extrema importância e significado no quadro de uma estratégia de combate ao isolamento das populações».

A maioria PS/PSD, liderada por Inês de Medeiros, chumbou a proposta do PCP, reafirmando a sua intenção de encerrar esta instituição de ensino. Esta maioria, em Almada, é «insensível ao facto de a localização da escola em espaço eminentemente rural, bem como as características físicas e arquitectónicas do edifício e do espaço envolvente onde a escola funciona, conferir àquele equipamento de ensino uma especificidade própria, possibilitando, não apenas às crianças que a frequentam como aos profissionais que as ensinam e aos próprios pais e encarregados de educação, a possibilidade concreta de uma vivência muito rica, diversificada e infelizmente rara na grande maioria das escolas contemporâneas».

A escola pública não poder ser olhada, considera o PCP, e «muito menos gerida como se de um mero activo económico se tratasse», em função de critérios «meramente economicistas». A escola pública é um dever constitucional que «merece e justifica uma visão avançada e moderna, que privilegie uma avaliação rigorosa dos interesses reais de todos os membros da comunidade escolar em presença».

Os comunistas reafirmam a sua intenção de continuar a construir as condições para «a substituição desta política» PS/PSD na autarquia de Almada, ancorada na defesa dos «interesses particulares em desfavor dos interesses gerais». Seja sobre a Escola Básica da Fonte Santa ou outros aspectos do município, os comunistas defendem «uma política que promova efectivamente o desenvolvimento e a protecção dos direitos de todos os almadenses».

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