A CUTL alertou esta manhã, numa conferência de imprensa, para o facto de a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020 não responder às necessidades quer dos utentes, quer dos trabalhadores dos transportes públicos.
Os utentes entendem que as medidas apresentadas pelo Governo são insuficientes, tendo em conta «os anos de desorçamentação e subfinanciamento crónico e de cortes nos serviços públicos, entre eles a rede de transportes públicos na cidade» de Lisboa.
Sublinham, no entanto, que o avanço que defendem «é possível e necessário», designadamente o investimento nas frotas de autocarros, barcos e comboios; a modernização das infra-estruturas; a contratação dos trabalhadores em falta ou a garantia de condições de acessibilidade em todas as estações.
A estas reivindicações junta-se o alargamento da oferta, necessidade «mais sentida pelos utentes» desde a redução tarifária aplicada em Abril de 2019. A CUTL reitera que se trata de uma medida «muito positiva», mas que «não foi acompanhada com o aumento da oferta» e com a necessária articulação dos vários operadores envolvidos.
A Comissão de Utentes frisa ainda que o investimento na expansão da rede do Metropolitano até Alcântara (zona Ocidental) e a Loures é «necessário e urgente», ao mesmo tempo que condena o projecto da Linha Circular. Adianta que se trata de «uma opção errada» que «irá degradar ainda mais» a oferta às populações da zona Norte de Lisboa, mas também de Odivelas e Loures.
«Não acrescenta nada de significativo à rede do Metro existente e exige um investimento público muito elevado», conclui.
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