Com novo executivo, os eleitos comunistas levaram novamente a votação uma moção para que o Município pressione o Governo a suspender a linha circular do Metro, entre o Cais do Sodré e o Campo Grande. Recorde-se que também no Parlamento foi tomada uma decisão no sentido de o Governo dar prioridade à expansão para Loures, bem como para Alcântara e para a Zona Ocidental de Lisboa, e promover um estudo técnico e de viabilidade económica com vista a uma avaliação comparativa entre a linha circular e a extensão até Alcântara.
No entanto, a empreitada da linha circular avançou, faltando consignar a obra referente aos novos viadutos do Campo Grande. Neste sentido, a moção aprovada hoje em reunião de Câmara, com votos a favor de PSD, CDS-PP, PCP e BE, insta o Governo a determinar ao Metropolitano de Lisboa a «reavaliação imediata de todo o processo relativo à construção da linha circular», incluindo-se a instrução «para não asssinar a consignação da obra dos viadutos do Campo Grande». Ponto em que PS, Livre e a vereadora do Cidadãos por Lisboa votaram contra.
O documento coloca também como necessidade «urgente» a articulação entre a autarquia e o Governo «para identificar as prioridades que devem ser estabelecidas para a rede do Metro, «reavaliando o impacto da suspensão imediata das obras da Linha Circular, refazendo projectos e fazendo os estudos de impacto financeiro». Aqui o Livre absteve-se, enquanto o PS e a vereadora do NC mantiveram o voto contra.
Os vereadores comunistas propõem que a Câmara adopte uma posição de rejeição à linha circular e que se faça uma avaliação dos custos, benefícios e prejuízos. Ao mesmo tempo, salientam a opinião de «muitos técnicos» e «especialistas em mobilidade», segundo os quais ainda é possível alterar o projecto inicial previsto para a linha circular, rejeitado por utentes e trabalhadores.
Apesar de já estar em construção o troço do Metro para ligar as estações do Rato à Estrela, a obra que ligaria o Cais do Sodré à Estrela ainda não avançou tendo em conta as dúvidas colocadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a que o Metro tem de responder para que seja concedida autorização. Por outro lado, ainda não está concessionada a empreitada para construir o novo viaduto do Campo Grande, que é o elemento fundamental para a execução da linha circular.
No actual contexto, os vereadores do PCP entendem que deve ser estudada com prioridade a expansão da rede do Metro a Alcântara e à Zona Ocidental de Lisboa, mas também a ligação a Loures, através da Linha Amarela, e a ligação a Benfica através da Linha Verde, via Telheiras.
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