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Desde a privatização já encerraram mais de 200 estações e postos dos correios em todo o País

Póvoa de Santo Adrião sem posto dos CTT

A população da Póvoa de Santo Adrião, no concelho de Odivelas, foi «apanhada de surpresa» pelo encerramento do único balcão dos CTT que existia no centro da vila e exige a sua reabertura.

Os CTT, uma empresa pública rentável para as contas do Estado, foram privatizados em 2013 e 2014 pelo governo do PSD e CDS-PP
Os CTT, uma empresa pública rentável para as contas do Estado, foram privatizados em 2013 e 2014 pelo governo do PSD e CDS-PPCréditosBruno Almeida

Foi na passada sexta-feira que os habitantes da Póvoa de Santo Adrião, na sua maioria idosos e com problemas de mobilidade, foram surpreendidos com o encerramento do posto dos CTT através do qual conseguiam efectuar pagamentos e levantar as suas reformas.

Cecília Sales, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), informa que o fecho aconteceu «sem qualquer aviso prévio» e que a população está a ser «encaminhada para a Central Distribuidora dos CTT situada em Odivelas», que obriga alguns utentes da freguesia de Póvoa de Santo Adrião a deslocações de cerca de dois quilómetros.

O fim de mais um serviço público de proximidade levou a população a manifestar-se na última sexta-feira, junto ao posto dos CTT encerrado e a lançar um abaixo-assinado. Os habitantes denunciaram então que o encerramento contribui para «acabar com os velhos», que pelas suas limitações físicas e financeiras são impedidos de se deslocar a outros pontos do concelho.  

Serviço degradou-se e veio a precariedade laboral

Desde Setembro de 2014, data da segunda e última fase de privatização do grupo CTT, pelo governo do PSD e do CDS-PP, que o País vem assistindo ao encerrar de estações e postos de correios, e à contínua degradação do serviço prestado.

O correio deixou de ser distribuído diariamente e os tempos de espera aumentaram, chegando a atingir mais de 16 minutos em muitas estações. O alerta foi dado em Maio do ano passado pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). A par destes indicadores, a estrutura sindical denunciava o alastrar da precariedade laboral e a eliminação de postos de trabalho: 2853 desde a privatização.

O ataque à contratação colectiva e aos direitos e regalias dos trabalhadores, a recusa em negociar aumentos salariais em 2014 e a tentativa, em 2015, de diminuir «drasticamente» os direitos dos trabalhadores, «ao mesmo tempo que se preparavam para destruir uma boa parte do direito à saúde dos trabalhadores no activo e seus familiares, e dos aposentados e seus familiares», foram algumas das ameaças contra as quais resistiram e lutaram os trabalhadores dos CTT.

Privatização: pura medida ideológica 

O aumento das tarifas para os utentes foi outra consequência da privatização que a direita levou a cabo, e para a qual contribuiu o apoio dado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). «Antes da privatização, a Anacom não autorizava aumentos nas tarifas ou eles eram diminutos. Após a privatização, a Anacom passou a autorizar aumentos de tarifários muito superiores à inflação, como é o exemplo da tarifa base que aumentou 12% em 2014», denunciou a Fectrans.

A privatização do grupo CTT, concretizada por Passos e Portas, resultou da política de direita que orientava o seu executivo. A evolução dos lucros da empresa foi sempre em crescendo, subindo de 56,7 milhões, em 2011, para 71,1 milhões, em 2015. Ou seja, a empresa nunca deixou de ser lucrativa, apenas o Estado deixou de contar com estes dividendos. 

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