«Urbanismo, democracia e justiça espacial: podemos virar o guião em Lisboa?», assim se intitula a iniciativa que terá lugar, dia 10, nos Jardins do Bombarda, em Arroios, pelas 18h. O mote é a obra coordenada por João Ferreira, na qual mais de 50 autores responderam ao desafio de contrapor à Lisboa que existe a cidade que deveríamos ter no próximo quarto de século. «Quando eu for a Lisboa em 2050 – já com os meus 80 anos – quero encontrar uma cidade [...]», lê-se no artigo escrito pela actriz Rita Lello.
«Trata-se de plasmar nas opções políticas de desenvolvimento da cidade o sentir colectivo da população, suprir carências – de habitação, mobilidade, equipamentos –, atenuar desigualdades sociais e espaciais, promover a melhoria ambiental e a prevenção estrutural de catástrofes, incrementar a coesão metropolitana, substituir o «urbanismo de mercado» por um urbanismo ético, social e ecológico», descreve João Ferreira, também no livro.
Urbanismo, mobilidade, economia, ambiente, habitação, cultura e desporto são algumas das áreas reflectidas no trabalho assinado por Arménio Carlos, Tiago Mota Saraiva, Luís Mendes, João Cabral, Filipa Serpa, Nuno Ramos de Almeida, Simone Tulumello e Sofia Pires Bento, entre muitos outros nomes, e cujo conteúdo será agora discutido em vários espaços da capital.
Depois desta quinta-feira há já dois debates agendados. «Do Centro à Periferia: onde fica o direito à cultura numa cidade para todos?», é o tema reservado para a Boutique da Cultura, em Carnide, no dia 17 de Julho, às 18h. Na quinta-feira seguinte (24), à mesma hora, o Teatro A Barraca, em Santos, acolhe a reflexão em torno da «Qualidade de vida em Lisboa: o que é e para quem? Cultura, participação e cidadania».
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