As reivindicações não são novas, mas têm actualidade garantida pela manutenção do Humberto Delgado na cidade de Lisboa, graças aos danos que o ruído e a poluição das aeronaves provoca a quem reside, trabalha ou estuda nas zonas afectadas pelo chamado corredor de acesso ao aeroporto.
Insónias, ansiedade, depressão e doenças cardiovasculares são algumas das consequências estudadas. Estima-se que o ruído dos aviões impacte cerca de 400 mil pessoas nos concelhos de Lisboa e de Loures, motivo pelo qual a plataforma insiste na necessidade de acabarem os voos nocturnos, embora os constrangimentos se façam sentir igualmente durante o dia. Aulas, reuniões, telefonemas e outras situações sociais interrompidas pelo ruído constante das aeronaves, que fazem vibrar edifícios, são o dia-a-dia da população, designadamente nas zonas das Avenidas Novas e de Alvalade.
Os activistas exigem por isso que não avancem as obras de expansão da Portela, onde reclamam o surgimento de um «novo pulmão verde», e apelam à construção urgente do novo aeroporto, em Alcochete.
Lisboa é a única capital europeia com um aeroporto internacional a sete quilómetros do centro histórico, regista a plataforma na sua página no Facebook. O alerta para as consequências que daí advêm é deixado em forma de pergunta. «E o ruído constante dia e noite? E o cheiro a querosene? E o risco de acidente?», alertam os activistas.
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