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Dar o dito por não dito no Convento de São Francisco

Promessas leva-as o vento. A nomeação, a tempo indeterminado, de uma nova programadora para o convento, em Coimbra, parece indicar que o tão badalado novo modelo de gestão não está para breve.

Convento São Francisco, em Coimbra 
Convento São Francisco, em Coimbra Créditos / NotíciasdeCoimbra

Foram várias as críticas dirigidas a José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) que assume também a pasta da cultura, nos dias que se seguiram ao anúncio da nomeação de Celeste Amaro, antiga deputada do PSD. Por diferentes motivos, o PCP e o movimento Cidadãos por Coimbra já vieram a público contestar a decisão.

O PCP regista, em comunicado enviado à imprensa, «que a promessa (feita em campanha e reafirmada já em Outubro passado) de discussão e definição do modelo de gestão para o Convento de S. Francisco foi agora descartada», sem um «limite temporal pré-definido», como assumiu o presidente da autarquia, em declarações à Agência Lusa.

É ainda de salientar que, «na véspera de estas notícias se tornarem públicas, teve lugar a reunião do Executivo Municipal, assim como da Assembleia Municipal, não tendo a Presidência da Câmara entendido que qualquer destes espaços seria apropriado para dar conhecimento aos eleitos da referida decisão».

No seguimento da tomada de posição assumida pela estrutura concelhia do PCP em Coimbra, José Manuel Silva comprometeu-se uma vez mais, desdizendo as afirmações de quarta-feira, a apresentar uma proposta de novo modelo de gestão para o Convento de São Francisco ao executivo camarário ainda durante o ano de 2022. 

Os comunistas defendem que, seja qual for o modelo de gestão que venha a ser encontrado para o Convento de S. Francisco, «tem de assegurar a natureza pública da gestão daquele espaço e, no imediato, proceder à regularização dos vínculos e condições de trabalho da equipa necessária ao seu funcionamento». Independentemente da falta de definição do modelo de gestão encontrado, não existe «pretexto para manter e perpetuar a precariedade destes trabalhadores».

A discussão acessória

As questões colocadas pelo movimento de cidadãos, apoiado formalmente pelo Bloco de Esquerda, prendem-se, no essencial, com a nomeação de um nome próximo da estrutura do Partido Social Democrata para a gestão da programação neste espaço cultural.

Em comunicado, o movimento exige saber se a CMC «está a pagar favores ao PSD, se quer comandar pessoalmente a agenda do Convento, ou o que é que o fez mudar de ideias quanto à natureza jurídica futura do Convento São Francisco». O nome escolhido por José Manuel Silva, que contou com o apoio do PSD nas eleições autárquicas, é Celeste Amaro, antiga deputada desse partido e ex-directora regional da Cultura do Centro.

Numa nota publicada por José Manuel Silva, o presidente da CMC justifica a nomeação de Celeste Amaro por ser esta uma funcionária dos quadros do município de Coimbra sem «funções alocadas». A única alteração definida pelo executivo foi a não renovação da avença da antiga programadora, internalizando, por enquanto, este serviço, defende-se.

O Convento São Francisco é um equipamento da Câmara Municipal de Coimbra «cuja missão e objetivos concorrem para a concretização da estratégia definida pelo Município em três áreas estruturantes: a cultura, o turismo e o desenvolvimento económico do território», tendo-se tornado, desde a sua remodelação, uma dos mais importantes espaços culturais da cidade.

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