A COP30 realiza-se de 10 a 21 de Novembro, dez anos depois de ter sido estabelecido o Acordo de Paris, o qual determinou que a temperatura média do planeta não pode exceder 1,5 graus em relação à época pré-industrial. Porém, «quer o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), quer o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) já deixaram claro que ao ritmo a que as medidas têm sido implementadas, a meta do Acordo de Paris não será alcançada», lamentam Os Verdes num comunicado à imprensa. Os ecologistas lembram ainda o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, que estima que, no final do século, a temperatura média da Terra não terá, a este ritmo, um aumento inferior a 2,3º a 2,5ºC. Entretanto, sabemos já que, em 2024, a Terra ultrapassou, pela primeira vez, os 1,5 graus que o Acordo de Paris havia definido como limite.
Apesar dos alertas, e dos efeitos concretos das alterações climáticas por todo o mundo, o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) critica a existência de um «desleixo evidente, traduzido designadamente no facto de não estar a ser cumprido o financiamento aos países mais pobres para a implementação e medidas que enfrentem as alterações climáticas». Mas também devido aos EUA, maior país emissor per capita do mundo, se terem desvinculado do Acordo de Paris, «demonstrando uma enorme irresponsabilidade nesta luta global».
Certo de que o clima do planeta «não se compadece com a indiferença ou com a inacção de líderes mundiais», o PEV deseja que a COP30, que se realiza na cidade amazónica brasileira de Belém do Pará, «não tenha como desfecho um aumento da desesperança dos povos de todo o mundo». Neste sentido, apela a que tome como prioridade a vertente da adaptação às alterações climáticas e estabeleça «novas metas ambiciosas para as Contribuições Nacionais Determinadas (NDC)» – pilar do Acordo de Paris, que na prática representa os compromissos de cada país na redução das emissões de gases de efeito estufa e adaptação às alterações climáticas.
Tendo em conta o facto de a COP30 se realizar na Amazónia, «verdadeiro pulmão do Planeta», Os Verdes alertam que, apesar de «fulcral» para o equilíbrio climático do planeta, a floresta tropical amazónica «tem sido vítima de uma ampla destruição», resultante de acções de desflorestação e de mineração.
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