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|alterações climáticas

Porque o voo espacial de um bilionário vale pelas emissões de mil milhões de pobres

Um estudo patrocionado pela Oxfam determinou que o 1% mais rico do planeta vai emitir, em 2030, 30 vezes mais carbono do que aquilo que está convencionado pelo acordo de Paris.

Elon Musk, que nas últimas semanas se tornou a pessoa mais rica de sempre, apresenta o foguetão Falcon 9, produzido pela sua empresa SpaceX, que vai levar passageiros ao espaço durante umas horas 
Elon Musk, que nas últimas semanas se tornou a pessoa mais rica de sempre, apresenta o foguetão Falcon 9, produzido pela sua empresa SpaceX, que vai levar passageiros ao espaço durante umas horas Créditos / Getty Images

Com base no trabalho desenvolvido pelo Instituto para a Política Ambiental Europeia (IEEP, Institute for European Environmental Policy) e o Instituto do Ambiente de Estocolmo (SEI, Stockholm Environment Institute), o estudo identifica claramente os responsáveis pela dificuldade em atingir as metas a que o mundo se propôs: «O 1% mais rico, que é menor do que a população da Alemanha, vai ser responsável por 16% do total de emissões de gases de efeito de estufa».

«As emissões dos 10% mais ricos do planeta são, por si só, o suficiente para ultrapassar a meta estabelecida pelo acordo de Paris, independentemente daquilo que os restantes 90% façam», informa o comunicado de imprensa da Oxfam, organização não governamental dedicada à erradicação da pobreza.

Para atingir o objectivo de limitar o aumento da temperatura a 1.5ºC de aquecimento, até 2030, «as promessas já não são suficientes». Em média, a população mundial teria de reduzir para metade a sua pegada, cerca de 2.3 toneladas de CO2 por ano até 2030.

Nafkote Dabi, responsável pela política climática da Oxfam, considera absurda a forma como a sociedade parece ignorar os abusos da elite bilionária: «As suas emissões sobredimensionais estão a inflamar eventos climáticos extremos em todo o mundo, para além de porem em causa os esforços internacionais para limitar o aquecimento global».

É o suficiente para provocar «efeitos catastróficos para a população mais vulnerável no planeta, que já enfrenta, hoje em dia, tempestades mortíferas, fome e miséria».

As discrepâncias são gritantes. Em 2030, a metade mais pobre da população mundial vai continuar com um rácio de produção de carbono significativamente abaixo da média de 2.3 toneladas, enquanto uma única pessoa, pertencente ao 1% mais rico, terá de reduzir a sua pegada em 97%, isto só para chegar à média no final da década.

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