Jorge Arreaza, ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, publicou este domingo, no Twitter, dois comunicados diplomáticos enviados ao governo da Venezuela, um da parte da Embaixada do Brasil no país caribenho e outro do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Nos documentos, as autoridades brasileiras convidam o governo venezuelano e o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, a assistir à tomada de posse, no próximo dia 1 de Janeiro, em Brasília, do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
Numa outra mensagem publicada ontem na sua conta de Twitter, Jorge Arreaza divulgou a resposta do governo da Venezuela, enviada no passado dia 12 de Dezembro, às autoridades brasileiras: «O governo socialista, revolucionário e livre da Venezuela jamais assistiria à posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da entrega a interesses contrários à integração latino-americana e caribenha.»
Desta forma, o chefe da diplomacia venezuelana desmentiu a informação divulgada, também ontem, pelo futuro ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Ernesto Araújo, secundada por diversa imprensa, de acordo com a qual o governo de Bolsonaro não tinha convidado o presidente venezuelano.
Declarou Araújo, também no Twitter: «Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira.»
No final da mensagem, Araújo instou todos os países a deixarem de apoiar o governo venezuelano, deixando claro que o futuro executivo brasileiro irá aumentar a pressão para favorecer os interesses norte-americanos no país bolivariano.
Por seu lado, Caracas tem insistido que o futuro presidente brasileiro deverá retomar as «relações diplomáticas de respeito», embora – lembra o Resumen Latinoamericano – também tenha afirmado que a campanha de Bolsonaro se baseou numa «mensagem de ódio, de desprezo pela democracia e de confronto aberto, sobretudo com a Venezuela».
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