|América Latina

Unidade latino-americana deve prevalecer face ao expansionismo imperial

No encerramento de um colóquio internacional em Caracas, Yván Gil destacou a unidade dos povos latino-americanos como chave para a paz e para resistir ao imperialismo dos EUA.

Caracas acolheu o Colóquio Internacional «América Latina e Caraíbas face ao Expansionismo Norte-americano» CréditosJohnni Rivas / TeleSur

Decorreu este sábado, na Casa Amarela (sede da diplomacia venezuelana), o Colóquio Internacional «América Latina e Caraíbas face ao Expansionismo Norte-americano», por iniciativa do Instituto Simón Bolívar para a Paz e a Solidariedade com os Povos (ISB).

Ao encerrar o evento, co-organizado com o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros e a Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade (RedH), Yván Gil referiu-se ao expansionismo imperialista norte-americano como um «mecanismo destrutivo» que procura apenas «a guerra» e cuja forma de intervenção – «ocupar, explorar e dominar» – «mina a liberdade e a dignidade dos nossos povos».

Para o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros – citado pela VTV –, «a revolução bolivariana e diplomacia da paz erguem-se como as vias que hão-de conduzir a um triunfo definitivo na consolidação da unidade latino-americana».

Por seu lado, o vice-ministro para a América Latina, Rander Peña, destacou a importância da unidade dos venezuelanos: «juntos e unidos, somos invencíveis», disse, ao referir-se às ameaças norte-americanas.

Sublinhou, além disso, que «esta luta não diz respeito apenas aos venezuelanos, mas é uma batalha que envolve todos os latino-americanos que se opõem a um sistema hegemónico que se pretende perpetuar através da opressão».

Em seu entender, os povos da região têm de dar uma «resposta unificada» às ameaças da administração liderada por Donald Trump, que recorreu a uma série de medidas de coerção contra os países da América Latina e Caraíbas, que passam por sanções económicas e políticas, e agressões militares.

Entender como funciona o expansionismo imperialista dos EUA

O encontro de alto nível contou também com a participação da presidente do ISB, Blanca Eekhout, que repudiou a política «hostil e expansionista» dos Estados Unidos contra os povos da região.

«Não queremos guerra, apostamos no desenvolvimento pleno de toda as potencialidades humanas, mas temos de entender como actua o expansionismo», disse Eekhout ao referir-se aos conflitos bélicos e à guerra psicológica promovidos por Washington.

Já Miguel Pérez Pirela, coordenador da RedH, declarou que a administração de Trump é desestabilizadora, viola os direitos humanos e alimenta uma guerra mediática, e destacou o facto de «os venezuelanos estarem concentrados na defesa da sua soberania», indica a TeleSur.

Também presente no evento, Sacha Llorenti, ex-ministro e antigo representante da Bolívia junto da ONU, destacou que o objectivo dos EUA é «criar o caos, debilitar economias e aplicar bloqueios ilegais aos povos que não se submetem aos seus desígnios».

O diplomata boliviano defendeu, neste contexto, que «os fascistas Donald Trump e Benjamin Netanyahu» sejam levados ao banco dos réus.

No final das intervenções do encontro na capital venezuelana, decidiu-se criar um espaço permanente de observação e análise do imperialismo, refere a fonte.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui