Na sua conta oficial de Twitter, Henrietta Fore, directora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), referiu-se ao apelo à acção urgente e colectiva para combater a insegurança alimentar e a desnutrição infantil.
Fore partilhou ainda uma ligação para um documento publicado na página da Unicef em que comenta o mais recente relatório apresentado pela Rede Mundial contra as Crises Alimentares.
A insegurança alimentar aguda aumentou em 2020, devido a conflitos, crises económicas exacerbadas pela pandemia de Covid-19 e fenómenos climáticos, destaca o relatório, que prevê um ano de 2021 «difícil», informa a agência AFP.
No ano passado, 155 milhões de pessoas em 55 países estavam em situação de «crise» (fase 3 da escala internacional de segurança alimentar) ou «pior». Isto representa mais 20 milhões de pessoas que em 2019, de acordo com o relatório publicado esta quarta-feira pela Rede, que reúne a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a União Europeia e o Programa Alimentar Mundial (PMA).
Pandemia agravou situação já frágil
Nos seus comentários, Henrietta Fore afirma que o panorama descrito no documento é «profundamente preocupante», com a pandemia a agravar uma situação nutricional já frágil.
Agora, «enquanto o mundo lida com a Covid-19, devemos manter o foco na escala e na dimensão das muitas crises que continuam a afectar as crianças, as mulheres, as suas famílias e comunidades», referiu.
A directora executiva da Unicef afirmou que, antes da pandemia, uma em cada três crianças já não crescia adequadamente devido à desnutrição.
«Apesar dos avanços ao longo dos anos, 149 milhões de crianças ainda são afectadas pelo atraso no crescimento, 45 milhões têm emaciação (emagrecimento patológico) e pelo menos 340 milhões enfrentam falta de vitaminas e minerais», precisou.
«Para as crianças que vivem nos 55 países que enfrentam crises alimentares, a situação é especialmente grave», alertou, tendo sublinhado que «a pandemia aprofundou a crise alimentar ao alterar as dietas, os serviços e as práticas que protegem os menores e as suas famílias da má-nutrição».
Para fazer frente à complexidade da situação e aos desafios que ela impõe, a alta funcionária defendeu a necessidade de um maior trabalho de prevenção e de fortalecimento dos sistemas de protecção das crianças, com destaque para as mais vulneráveis.
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