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Tropas israelitas matam adolescente na Cisjordânia ocupada

Um rapaz de 14 anos não resistiu aos ferimentos no Hospital de Qalqiliya, depois de ser atingido a tiro num raide das forças israelitas. É o quinto palestiniano morto na Cisjordânia em dois dias.

Raide das forças israelitas em Nablus 
Créditos / Twitter

Num comunicado divulgado esta madrugada, o Ministério palestiniano da Saúde identificou a vítima mortal como Fares Sharhabeel Abu Samra.

No documento, a entidade afirma que o rapaz de 14 anos foi atingido a tiro depois de as forças israelitas terem invadido o Bairro de al-Naqqar, na zona ocidental de Qalqiliya, onde foram confrontadas por jovens palestinianos.

As forças de ocupação responderam aos protestos com fogo real, balas de aço revestidas de borracha, bombas de gás lacrimogéneo e granadas atordoantes, refere a Wafa.

O adolescente, ferido, foi levado de emergência para o Hospital Governamental, sendo declarado morto à chegada.

Abu Samra é o quinto palestiniano a ser morto pelas forças de ocupação israelitas em dois dias na Cisjordânia.

Esta quarta-feira, as tropas israelitas mataram um jovem palestiniano em Nablus. Segundo indica a Wafa, Mohammad Abudul al-Hakim Nada, de 23 anos, foi atingido a tiro durante confrontos com as tropas, quando estas entraram no campo de refugiados de al-Ain, a oeste da cidade, e ali cercaram uma casa.

Atingido no peito, o jovem foi levado de imediato para o hospital e foi dado como morto pouco depois de ali chegar, revelou o Ministério da Saúde.

No dia anterior, as tropas israelitas mataram três palestinianos na mesma cidade, alegadamente por se tratarem de milicianos armados.

Um representante da Presidência palestiniana, Nabil Abu Rudeineh, referiu-se a estas três mortes como um «crime de guerra», que «dá continuidade à política de punição colectiva do povo palestiniano», refere a Wafa.

Jenin e Nablus, dois bastiões da resistência à ocupação sionista, têm sido especialmente visadas pelas tropas israelitas, num contexto de escalada de violência na Cisjordânia, promovida pelo governo de extrema-direita liderado por Benjamin Netanyahu.

Desde o início do ano, mais de 200 palestinianos foram mortos pelo Exército ou pelos colonos israelitas, incluindo 37 menores e 11 mulheres.

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