O ministro da Defesa da Guatemala, Luis Miguel Ralda, confirmou esta segunda-feira que militares norte-americanos «estão a trabalhar no país, com o objectivo de travar a emigração», indica a TeleSur.
Segundo Ralda, já se encontram no país centro-americano «as tropas que deveriam chegar para colaborar na segurança fronteiriça», refere a agência Sputnik, precisando que o contingente militar se encontra no departamento de Huehuetenango, junto ao México. Por seu lado, o ministro da Governação, Enrique Degenhart, disse que a chegada de efectivos do Exército dos EUA é uma «solução civil».
Na semana passada, o presidente da Guatemala, Jimmy Morales, firmou um memorando de cooperação com o secretário interino da Segurança Interna dos Estados Unidos, Kevin McAleenan, de acordo com o qual o país centro-americano se compromete a partilhar informação com Washington e a melhorar a segurança nas fronteiras.
No dia 1 de Junho, fontes locais informaram que Trump iria enviar dezenas de agentes e investigadores do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla inglesa) para a fronteira entre o México e a Guatemala, com o propósito de travar o movimento migratório para norte.
De acordo com o The Washington Post, os funcionários do DHS iriam viajar para a Guatemala para actuarem como «conselheiros» da Polícia Nacional e das autoridades responsáveis pela área da emigração em operações de tráfico de pessoas.
No final do mês de Maio, o Serviço de Alfândegas e Protecção Fronteiriça dos EUA informou que as detenções na fronteira Sudoeste ultrapassaram as 500 mil neste ano fiscal (que começou em Outubro). De acordo com a Sputnik, este número é superior ao de qualquer ano fiscal desde 2009.
Por seu lado, o Instituto Nacional de Migração da Guatemala referiu que, entre Janeiro e Abril de 2019, foram deportados 31 344 guatemaltecos: 18 999 pelos EUA e 12 345 pelo México.
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