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Tribunal israelita rejeita apelo de Ahmad Zahran, em greve de fome há 109 dias

O tribunal militar israelita de Ofer rejeitou o recurso do preso palestiniano Ahmad Zahran, em greve de fome há 109 dias contra a detenção sem acusação nem julgamento, apesar da deterioração da sua saúde.

Poster de Ahmad Zahran numa mobilização de apoio
Poster de Ahmad Zahran numa mobilização de apoio Créditos / Quds News / Samidoun

Ahmad Zahran encontra-se preso desde Março de 2019 em regime de detenção administrativa, ao abrigo do qual os palestinianos podem ficar presos sem acusação nem julgamento e sem acesso a defesa, informa no seu portal o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

A detenção administrativa é realizada por simples ordem de um comandante militar israelita, uma vez que os territórios palestinianos ocupados se encontram submetidos a regime militar, explica o MPPM, acrescentando que, «podendo durar até seis meses, as ordens de detenção administrativa são indefinidamente renováveis».

A Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinianos) informa que, pese embora o agravamento do estado clínico de Zahran, o tribunal militar adiou repetidamente a decisão.

Precisamente devido à gravidade do seu estado de saúde, o preso palestiniano, com 42 anos e residente na localidade de Deir Abu Mashal (perto de Ramallah), foi transferido para o hospital civil de Kaplan, em Israel, na passada segunda-feira, dia 6. «Perdeu mais de 35 quilos, é incapaz de andar e tem dores em todo o corpo», revela a Samidoun numa nota publicada dia 7.

Este ano, Ahmad Zahran já tinha realizado uma outra greve de fome, com uma duração de 39 dias, que suspendeu depois de lhe ter sido prometido que a sua detenção não seria renovada. Contudo, o acordo foi violado e a detenção administrativa foi renovada, levando-o a lançar uma nova greve de fome. Anteriormente, já passara quase 15 anos em prisões israelitas, revelam o MPPM e a Samidoun.

Quando cumpria o 90.º dia da sua greve de fome, interrogadores israelitas apareceram na clínica prisional de Ramon invocando a necessidade de questionar Zahran para que o tribunal militar pudesse apreciar o seu recurso. No entanto, o interrogatório não pôde ter lugar, devido à gravidade do estado de saúde do preso, que, explica a Samidoun, nunca tinha sido submetido a qualquer interrogatório, nem antes da greve de fome, nem no decurso da sua realização.

A Sociedade dos Presos Palestinianos e o Centro de Estudos dos Presos Palestinianos indicam, em comunicado, que os serviços de informações israelitas se têm oposto a um acordo entre os serviços prisionais e Zahran, de modo a impedir uma vitória deste na greve de fome.

Vários presos palestinianos têm realizado greves prolongadas em apoio a Ahmad Zahran, e, na terça-feira passada, um grupo de presos da cadeia israelita de Gilboa iniciou uma greve de fome rotativa de um dia. O ramo prisional da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) sublinhou que os protestos serão intensificados se Zahran não for libertado.

Em 2019, informa o MPPM, foram emitidas pelo Exército de ocupação israelita 1035 ordens de detenção administrativa, sendo que, no final do ano, se encontravam detidos ao abrigo desse regime 460 presos nas cadeias israelitas.

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