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Solidariedade dos jornalistas com os seus colegas em Gaza

Nos quase cinco meses depois da agressão israelita a Gaza, pelo menos 132 trabalhadores da imprensa foram mortos; nesse contexto, a Federação Internacional de Jornalistas decidiu prestar-lhes tributo.

Um grupo de palestinianos rodeia os corpos sem vida dos jornalistas Hassouna Sleem e Sary Mansour, mortos num ataque israelita contra uma casa, num hospital da região central da Faixa de Gaza 
Um grupo de palestinianos rodeia os corpos sem vida dos jornalistas Hassouna Sleem e Sary Mansour, mortos num ataque israelita contra uma casa, num hospital da região central da Faixa de Gaza Créditos / PressTV

Para homenagear os jornalistas e trabalhadores da imprensa mortos quando exerciam a sua profissão e chamar a atenção para as condições em trabalham os que continuam a reportar no enclave cercado, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) decidiu assinalar o dia 26 de Fevereiro como Dia Internacional de apoio aos Jornalistas Palestinianos.

A iniciativa foi apoiada pela Federação Árabe de Jornalistas e outras estruturas filiadas na federação, revelou a FIJ numa declaração publicada no seu portal.

«As necessidades dos nossos colegas que trabalham em Gaza tornaram-se críticas. Em pleno Inverno, aos nossos irmãos e irmãs e às suas famílias falta tudo e principalmente o essencial: roupas, cobertores, tendas, comida, água», sublinha a FIJ, referindo-se à escassez de bens de primeira necessidade.

A federação internacional mostrou-se «alarmada» com «a fraca cobertura internacional» da guerra de agressão israelita à Faixa de Gaza, tendo denunciado a «exclusão» deliberada dos media por parte de Israel.

«Em todo o mundo, merecemos saber o que se passa em Gaza. Esta negação deliberada do direito de informar constitui um abuso da liberdade da imprensa», lê-se no texto, que insta os jornalistas de todo o mundo a mobilizar-se naquilo que designou como Dia Internacional dos Jornalistas Palestinianos.

Desde 7 de Outubro, os jornalistas, na sua grande maioria palestinianos, têm sido um alvo constante das forças de ocupação em Gaza, bem como as suas famílias.

No relatório anual, publicado a 15 de Fevereiro último, a Comissão para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) afirma que mais de três quartos dos 99 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação social mortos em todo o mundo em 2023 foram mortos na guerra de agressão israelita a Gaza.

«O conflito ceifou a vida de mais jornalistas em três meses do que alguma vez foram mortos num único país durante um ano inteiro», afirma o texto da CPJ.

«O que é importante lembrar sobre esta guerra é que os jornalistas de Gaza são os únicos jornalistas capazes de informar sobre o que está a acontecer dentro de Gaza. Os jornalistas internacionais não puderam entrar, não foram autorizados a entrar, excepto em viagens muito, muito controladas e supervisionadas pelo exército israelita», disse Jodie Ginsberg, presidente da CPJ, citada pela PressTV.

Ao longo do dia, muitos jornalistas, sindicatos, associações publicaram comunicados ou mensagens de apoio nas redes sociais, no âmbito do Dia Internacional dos Jornalistas Palestinianos, convocado pela FIJ, depois de consultar o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos.

Entre estes, contam-se o Sindicato Nacional de Jornalistas das Filipinas, a Federação Europeia de Jornalistas ou o Sindicato Nacional de Jornalistas do Reino Unido, lembrando os «colegas mortos em Gaza desde 7 de Outubro».

Na Síria, várias acções de solidariedade com o povo palestiniano e os jornalistas em Gaza

Os jornalistas sírios assinalaram o dia respeitando um minuto de silêncio «em honra dos que partiram» e exibindo cartazes com frases que denunciam o genocídio israelita do povo palestiniano ou exigindo o fim dos assassinatos dos trabalhadores da imprensa em Gaza.

Jornalistas sírios solidários com os seus colegas em Gaza, a 26 de Fevereiro de 2024 / Sana

Em Damasco, dezenas de jornalistas concentraram-se em solidariedade com os seus colegas de Gaza frente à sede do Sindicato dos Jornalistas da Síria, onde repudiaram os ataques deliberados, por parte de Israel, contra os trabalhadores da imprensa como forma de «calar a verdade».

Ali, recordaram como Israel age de forma semelhante às organizações terroristas apoiadas pelas potências ocidentais na Síria, onde os jornalistas sírios eram um alvo a abater.

Na redacção da agência Sana, redactores, editores e outros trabalhadores também se juntaram para condenar os crimes israelitas e exigir o fim dos assassinatos de jornalistas em Gaza.

Uma outra concentração solidária com o povo palestiniano e contra os massacres sionistas foi realizada por jornalistas e trabalhadores da TV junto ao Mural dos Jornalistas Mártires, na sede da Radiotelevisão Síria.

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